Sindicalistas, militância do Partido dos Trabalhadores, lideranças dos movimentos sociais acompanham incrédulos as indicações de pessoas para cargos estratégicos no Amazonas, sem observar que muitas delas ou são comprometidas com a direita, que praticamente destruiu as instituições no Brasil ou de parlamentar que busca o poder absoluto no Amazonas, se encastelar nas instituições federais no estado.
Hoje (20), saiu mais um decreto presidencial nomeando Alberto Bezerra de Melo, para o cargo de Juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, em discordância com o movimento dos trabalhadores do Estado, que vinha reivindicando a vaga para o advogado trabalhista Paulo Dias, 2º da lista tríplice apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM).
Alberto Bezerra Melo é ex-procurador-geral do Amazonas, aposentado, foi o terceiro da lista tríplice da OAB-AM, com 8 votos.
O primeiro da lista, o advogado Raphael Caetano Solek (que atua em Roraima com 10 votos), e o indicado das Centrais Sindicais, o advogado trabalhista, Paulo Dias em 2º (com 9), não foram considerados pelo governo federal.
Com exceção do Paulo Dias, os outros dois da lista são bolsonaristas de carteirinha, que andaram apagando postagens nas redes sociais após sair o resultado da lista da OAB. O Solek, o mais radical deles, inclusive, participando de manifesto em porta de quartel, em Roraima.
Prejuízo para os movimentos trabalhistas
As indicações no Amazonas, feitas pelo senhor presidente da República, vem obedecendo ordem contrária à vontade da militância do PT-AM e os movimentos sociais, que até o momento, estão vendo os cargos federais sendo entregue a um político que busca o completo domínio institucional e estratégico do Estado, inclusive, com previsíveis prejuízos ao soerguimento da legenda petista no Amazonas.
Ou seja, o governo Lula está atendendo um único líder político, sem dar oportunidade e ouvidos aos se debruçaram na candidatura Lula, para presidente, que sempre estiveram ao lado dos trabalhadores e na base política das esquerdas no Estado. “Estamos vendo mais um cidadão, reconhecidamente bolsonarista, sendo nomeado para um cargo que afeta, diretamente o mundo do trabalho, na região”, lamenta presidente de Central Sindical.
Para o presidente da Força Sindical, Vicente Fillizola, essa é a nomeação de um ‘aposentado’, para um cargo vitalício e, ele questiona: justo um advogado que nunca militou pelas causas trabalhistas, que nunca saiu em defesa dos trabalhadores e como é que no cargo, ele não vai ter esse mesmo sentimento?
“Nos sentimos excluídos pela direção nacional da legenda. O governo Lula está indo na contramão dos movimentos sociais. Deixando de lado os que lutaram por sua eleição e nomeando a oposição mais feroz que ele já encontrou na sua vida política, em todos os os governos”, afirma.
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