Os nove países da Bacia Amazônica tiveram os menores volumes de chuva, dos últimos 40 anos, para o período de julho a setembro. A informação é de pesquisa feita este ano pelo Centro Científico da União Europeia.
No Amazonas, por exemplo, as chuvas variaram de 100 a 350 milímetros abaixo do normal, o que corresponde a cerca da metade do esperado para a região. A situação afetou os rios e a biodiversidade, especialmente nas cabeceiras dos rios Solimões, Purus, Juruá e Madeira, todos na região centro-sul do estado do Amazonas, até os países mais ao sul da floresta, Peru e Bolívia.
O estudo do Centro Científico da União Europeia também confirmou que, de agosto a novembro, uma série de ondas de calor elevou a temperatura para uma marca recorde nessa época do ano. As máximas nesses meses ficaram de 2 graus Celsius (°C) a 5°C acima da média histórica.
Entre os principais problemas agravados pelo clima deste ano, o centro científico aponta o perigo à vida dos animais, o aumento do risco de incêndio e os níveis fluviais mais baixos, que desafiam a mobilidade nas comunidades ribeirinhas e o acesso a bens essenciais.
As previsões do Centro Científico da União Europeia indicam que as condições mais secas e quentes devem prosseguir no próximo ano, principalmente por causa da continuidade do El Niño, que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico.