O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), participou, na semana passada, de três grandes eventos nacionais de relevância para a gestão ambiental do Estado, representado pelo seu presidente, Antônio Ademir Stroski.
No dia 27, Stroski, acompanhado da gerente de Controle Agropecuário, Janaína Rocha, esteve na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), no Rio de Janeiro, para discussão técnica sobre a composição do orçamento referente ao Projeto de captação de recursos para a execução do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Estado.
“Pretendemos fechar até dezembro o orçamento e deixá-lo no ponto de análise e aprovação pela Diretoria do BNDES”, explicou o presidente do órgão.
O Projeto do CAR, em proposição junto ao BNDES para o Amazonas, envolve a execução do cadastro dos imóveis rurais até quatro módulos fiscais em 21 municípios, divididos entre a Região Metropolitana de Manaus (RMM) e o sul do Estado. Eles foram selecionados devido ao fato de possuírem maior ocorrência de atividade primária e de pressão de desmatamento.
Os municípios da RMM são Autazes, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Manacapuru, Manaquiri, Maués, Manaus Novo Airão, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Silves. Quanto ao sul do Estado, estão inseridos no Projeto os municípios de Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré e Novo Aripuanã.
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um instrumento de gestão ambiental instituído pelo novo Código Florestal e consiste na declaração das áreas de preservação permanente e reserva legal de todos os imóveis rurais em todo o país. O cadastramento tem prazo até maio de 2015. No Amazonas, devem fazer o CAR os proprietários de imóveis rurais ou aqueles que estejam usando o imóvel para o desenvolvimento de alguma atividade econômica. Calcula-se em 70 mil imóveis no Amazonas para serem cadastrados e os imóveis envolvidos pelo Projeto representam 25% deste total.
Demais eventos – No dia seguinte, foram cumpridas duas agendas pelo presidente do Ipaam. A primeira delas, no Rio de Janeiro, onde foi assinado o Memorando de Entendimento, pelo general Decílio Mayer, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército (CITEx) do Exército Brasileiro, referente ao Projeto Amazônia Conectada, que visa a implantação de cabos subaquáticos de fibra ótica no Amazonas. O projeto Amazônia Conectada tem a participação da Processamento de Dados do Amazonas (Prodam), na cerimônia representada pelo presidente, Tiago Monteiro de Paiva.
No mesmo dia, acompanhado da gerente de Fauna do Ipaam, Sônia Canto, o presidente do órgão reuniu-se com a diretoria de fauna da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo. A visita foi uma solicitação do próprio Instituto visando compartilhar experiências na gestão de fauna, tendo em vista que o Estado de São Paulo foi o primeiro no país a gerir fauna, desde 2009, bem antes da Lei Complementar 140 determinar a transferência da gestão de fauna para a competência dos estados. “Notei que lá os municípios estão bastante envolvidos com a gestão de fauna, o que torna muito eficiente o trabalho do Estado. E esse é um caminho que temos que buscar”, Stroski.
