Oposição vai ao STF contra decreto que condiciona liberação de verbas à mudança da meta fiscal

Ronaldo Caiado, líder da minoria/Foto: AS
Ronaldo Caiado, líder da minoria/Foto: AS
Ronaldo Caiado, líder da minoria/Foto: AS

Além de classificar uma “chantagem” a manobra do governo de condicionar a liberação de verbas à aprovação da mudança da meta fiscal de 2014, o DEM anunciou que vai ingressar hoje, terça-feira, com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), no Supremo Tribunal Federal (STF), para suspender os efeitos do decreto da presidente Dilma Rousseff.


Na última sexta-feira, Dilma publicou decreto ampliando a margem de gastos do governo em R$ 10,032 bilhões e destinando uma cota de R$ 444,7 milhões diretamente ao pagamento de emendas individuais dos parlamentares.

No texto, o governo condiciona a liberação dos R$ 444,7 milhões à aprovação do PLN 36/2014, que permite ao governo descumprir a meta fiscal deste ano. Na ação, o DEM argumenta que a norma carrega um “desvio de finalidade”, já que o decreto que deveria regulamentar uma lei está sendo usado para pressionar a aprovação de norma ainda inexistente.

— O STF não fechará os olhos pra esse abuso de direito que está sendo praticado pela presidente. Para legitimar a fraude fiscal que tenta impor ao Congresso, Dilma assinou esse decreto que eleva para R$ 10,032 bilhões a liberação de recursos, com um aumento de R$ 444,7 milhões para as emendas parlamentares individuais. Se o PLN 36 tivesse sido aprovado e Dilma baixasse o decreto, seria algo questionável, mas dentro da lei. Agora baixar decreto sem existir lei, é no mínimo inconstitucional — disse o líder da Minoria no Congresso Nacional, Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Para Caiado, o governo faz chantagem com a base aliada.

— É o balcão de negócios a todo vapor. Para o alto clero governista, Dilma distribui ministérios. Para o seu baixo clero, compra apoio por meio de emendas parlamentares. É de uma promiscuidade ímpar. Dilma dissolve e prostitui o Congresso Nacional. Não vamos aceitar esse mercado persa — disse Caiado.(O Globo)

Artigo anteriorIpaam discute no BNDES projetos de alta relevância para a gestão ambiental do AM
Próximo artigoRússia terá recessão em 2015 com petróleo em baixa, diz Alexei Vedev

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui