Um jovem de 21 anos foi morto, nesta quarta-feira (3), após ser sequestrado por um grupo de homens encapuzados e torturado por mais de três horas, em Manaus. Pablo Alves da Silva foi jogado do carro dos criminosos ainda com vida, mas morreu no hospital durante a madrugada. Segundo a família, o crime pode ter sido uma mensagem para traficantes.
Testemunhas relataram à Polícia Civil que Pablo Alves foi surpreendido quando conversava com amigos na calçada de uma mercearia, no cruzamento das ruas Sucuri e da Paz, no conjunto Braga Mendes, situado no bairro Cidade de Deus, na Zona Norte.
Cinco homens encapuzados chegaram ao local em um carro preto, por volta das 16h. Segundo a polícia, o grupo colocou a vítima dentro do carro e sequestraram o jovem. A polícia suspeita que ele tenha sido torturado durante 3h30.
Por volta das 19h30, os sequestradores retornam ao local de onde levaram a vítima e jogaram Pablo Alves amarrado. Ele estava gravemente ferido, mas ainda com vida.
“Um menino, filho de um vizinho, correu para avisar que jogaram ele na rua e dizia que o Pablo estava morto.
Quando chegamos lá na esquina ele estava com as mãos amarradas e desmaiado. Quebraram o braço, cortaram o pé esquerdo e bateram com tábuas e pregos nas costas. Ele estava todo machucado”, contou a mãe adotiva da vítima, que tem 51 anos.
O jovem chegou a ficar consciente e relatar para familiares que tinha sido sequestrado. Pablo Alves foi socorrido e levado para o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) João Lúcio. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu por volta de 2h30.
De acordo com a polícia, o jovem tem passado criminal. Ainda adolescente, ele foi apreendido por perturbação a tranquilidade e posse de drogas de consumo pessoal. Em 2016, Pablo Alves foi preso por tráfico de drogas.
“Ele usava e vendia drogas há menos de três anos. Aconselhei muito para ele sair dessa vida. Ele ficou com raiva de mim e fosse que iria vender droga mesmo. Não sabemos se ele sofria ameaças”, contou a mãe.
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga o crime e trabalha ainda com a hipótese de que a vítima possa ter sido confundida com outra pessoa.
Fonte: G1