Jovens cientistas/AM selecionados para apresentar projeto no RS

Jovens cientistas classificados/Foto: Divulgação

Jovens cientistas classificados/Foto: Divulgação


Jovens cientistas vão ao RS/Foto: Divulgação

MANAUS – Jovens Cientistas do Programa Ciência na Escola (PCE), representarão o Amazonas na 29ª Mostratec, a ser realizada em outubro, na cidade de Novo Hamburgo (RS).

O prêmio foi resultado da apresentação do projeto ‘Análise bacteriológica do material escolar dos estudantes da Escola Estadual Ana Neire Marques da Silva’ na 1ª Feira de Ciências da Amazônia (FCA), realizada na última quarta (28) e quinta-feira (29) no campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Os trabalhos foram avaliados por representantes da Secretária de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Associação Brasileira de Incentivo à Ciência (Abric), Ufam e empresas apoiadoras.

Para a jovem cientista Mércia Rocha, ciência não é só tecnologia, é vida. “Estou feliz em participar da primeira edição da feira e já ser ganhadora”, declarou a jovem surpresa.

O grupo formado por estudantes do 8° e 9° ano já aprende a fazer ciência como gente grande. Esta é a primeira vez que participam do programa, que, segundo eles, possibilita a interação entre educação e ciência. Com isso é possível sair da pesquisa teórica e ir para a prática. “O PCE consegue nos tirar da mesmice e nos leva para um ambiente novo”.

O projeto trabalha a análise de materiais escolares dos alunos para averiguar a quantidade de bactérias presentes em três superfícies estudadas, mãos, mochila escolar, estojo, livros e cadernos.

Para a coordenadora do projeto, Dieynne de Souza Gomes, a premiação na feira foi conquistada com muito esforço e dedicação de toda equipe. “Os meninos sempre estavam comigo, ganhamos uma afinidade maior e eles começaram a me ver não só como os outros alunos veem, em um pedestal de professora, mas como colega de pesquisa”.

O projeto vencedor faz parte do edital da Fundação de Amparo à Pesquisas do Estado do Amazonas (Fapeam), que após aceito, os cientistas júnior começaram a desenvolver projetos e apresentar os resultados em feiras de ciências, palestras nas escolas e demais eventos.

O projeto é único em todo território nacional. A curiosidade é o que move cada vez mais a vontade de aprender. “Nos corredores da escola os alunos nos chamam de cientistas e outras pessoas de doutora bactéria”, destaca a jovem cientista.

Os jovens, que já inspiram outros projetos, se mostram animados para participar do evento em Nova Hamburgo, e já discutem entre si o nome de uma nova bactéria que possivelmente pode ser descoberta pela equipe.

Projeto

O projeto ‘Análise bacteriológica do material escolar dos estudantes da Escola Estadual Ana Neire Marques da Silva’ trabalha no estudo de cinco superfícies; mãos, mochila, estojo, livro e caderno.

Após análise minuciosa foi comprovado que a maior colônia de bactérias, como foi imaginado, está nas mãos, o que comprova a falta de higiene por parte dos alunos.

Ao ser constatado onde existem as maiores colônias de bactérias jovens cientistas prepararam apresentações para divulgar aos alunos da escola os cuidados que precisam ser tomados. “Queremos sensibilizar os alunos a ter maiores cuidados na higiene”.

Algumas bactérias encontradas comumente pelos jovens cientistas nos materiais escolares foram de banheiro. “As pessoas vão ao banheiro e não lavam bem as mãos e transportam as bactérias para os materiais escolares”, destacam.

O principal objetivo da equipe nas visitas técnicas realizadas foi criar hábitos de higiene nos alunos.

Coleta

A primeira etapa para a realização projeto foi feita por meio da coleta de material. Os estudantes utilizam swabs, instrumento utilizado para coletar amostras de laboratório,  umedecidos com água destilada. Após passar na superfície desejada por cerca de 15 a 30 segundos o recipiente é levado para a geladeira, por no máximo duas semanas.

Todos os cientistas se apresentam com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s).

Meio de cultura

É nesta fase que acontece a nutrição da bactéria, e é possível descobrir se elas são comuns ou patógenas.

Crescimento bacteriano

Todos os meios onde as bactérias foram nutridas são envolvidas e colocadas em um local escuro. De acordo com os pesquisadores, as bactérias precisam de umidade e escuridão.

Elas são armazenadas na estufa onde ficam a uma temperatura de 37°C por cerca de 18h a 24h. Após este processo é possível ver as colônias a olho nu.

Observação e análise

Esta é a última etapa do processo, onde as bactérias são separadas por CLASSES, e um estudo mais minucioso é feito para saber mais sobre o detalhamento do ser vivo. Uma amostra dura cerca de um a dois anos guardado em baixa temperatura.

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