Laiana Batista é convocada para integrar Seleção Brasileira

Foto: Antonio Lima/Sejel

Nesta sexta-feira, dia 22, comemora-se o Dia Nacional do Paratleta. E para uma data tão especial, melhor notícia não poderia ter: a medalhista de bronze dos jogos Paralímpicos Rio 2016, Laiana Batista, recebeu a convocação para integrar a delegação brasileira que vai disputar o Pré-Mundial de Paravolley Pan América, que acontece de 24 a 30 de outubro, na Cidade de Montreal, no Canadá. A ‘chamada’ aproxima a amazonense de mais uma Paralimpíada, que desta vez acontecerá em Tokyo, em 2020.


Com apoio do Governo do Amazonas, via Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), a paratleta foi para São Paulo em março deste ano para compor a temporada de treinos do Sesi/SP, visando o circuito nacional e internacional 2017. Em junho, conquistou com a equipe o bicampeonato da II Liga Nacional Feminina de Voleibol Sentado, e de quebra, agora recebe da Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD) o ‘carimbo’ no passaporte para mais um ciclo paralímpico. Ao todo, 12 meninas foram selecionadas.

“Estava no aguardo dessa convocação, dessa vez com mais veracidade e segurança, porque estou muito dedicada a esta modalidade. Encaro isso como um reconhecimento, mas confesso que estava apreensiva, porém confiante de estar entre as doze, pois fiz um ótimo Campeonato Brasileiro, ficamos em primeiro lugar novamente, e consegui mais uma vez. Meu coração está cheio de alegria por fazer parte da Seleção Brasileira de Voleibol Paralímpico e do ciclo de 2020”, destacou.

Foto: Antonio Lima/Sejel

Ainda segundo Laiana, a equipe participará nas próximas semanas de uma classificação funcional, que tem por objetivo garantir a igualdade geral e assegurar as melhores técnicas, habilidades, forças, talentos e afastar um suposto favorecimento físico. O foco dos princípios, segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro, não é separar apenas as deficiências, mas sim tentar nivelar ao máximo a capacidade esportiva de cada concorrente.

“Serão doze paratletas que vão direto para Montreal, no Canadá, disputar o pré-Mundial, que já vale vaga, e teremos uma classificação funcional, aí vamos saber quem fica e quem sai. Quem é amputado ou tem uma deficiência parecida com a minha é quase certo, mas temos várias meninas que tem mínima deficiência e vão passar por essa classificação. Por isso, estamos muito confiantes em ficar com o mesmo grupo, apesar de ter cinco atletas novas chegando no pedaço, novas inclusive de idade, mas acredito que teremos um elenco forte e preciso”, explicou Batista.

Sem parar, Laiana continua pelo menos até o final do ano treinando pelo Sesi/SP, com apoio multidisciplinar, com médicos, fisioterapeutas e outros profissionais importantes para o  desenvolvimento, e participando de campeonatos locais e nacionais, como o Campeonato Paulista de Vôlei Sentando, que iniciou em maio deste ano e chega a semifinal neste final de semana (23 e 24). A competição é no naipe masculino e o objetivo da equipe feminina é ficar pelo menos entre as quatro melhores.

Foto: Antonio Lima/Sejel

“Como não temos outras equipes femininas, nosso treinador Ronaldo Oliveira pediu para participarmos do Estadual e enfrentarmos as equipes masculinas. Aceitamos, é um ótimo desafio, inclusive preparando para o Mundial, e estamos felizes em ter chegado até aqui. A Semifinal não vai ser fácil, é pedreira, mas queremos o pódio e vamos lutar por isso, pois tudo está sendo incrível aqui”, frisou.

Perfil

Laiana é uma das poucas da Seleção Brasileira que tem experiência em atuar no desporto e paradesporto. Isso porque, ainda sem o comprometimento do membro inferior, ela iniciou no vôlei aos 14 anos e quatro anos mais tarde já fazia parte da seleção amazonense. Aos 18, porém, a carreira foi interrompida quando foi diagnosticada com dengue hemorrágica e, na sequência, sofreu com Síndrome de Guillain-Barré.

Atualmente, Laiana soma dois anos na seleção brasileira (segue para o terceiro) e títulos importantes, como o Mundial da Holanda e o Parapan-Americano de Toronto 2015, no Canadá, quando faturou medalha de prata. Ela também é dona de uma medalha de bronze pelas Paralimpíadas da Rio 2016 e bicampeã da Liga Nacional Feminina de Voleibol Sentado.

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