
Nesta quarta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará do pré-lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro, no âmbito do G20, que reúne as principais economias do mundo. A partir dessa data, países e instituições interessadas poderão aderir à iniciativa.
De acordo com o Palácio do Planalto, Brasil e Bangladesh são esperados como os primeiros integrantes. Para o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o pré-lançamento é simbólico, destacando a liderança de dois países do Sul Global no combate à fome e à pobreza.
Durante a reunião de trabalho do G20, nesta quarta-feira (24), serão elaborados quatro documentos fundamentais. Até novembro, os países definirão as regras e os tipos de políticas públicas a serem implementadas. A aliança será lançada oficialmente na cúpula do G20, marcada para 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
Em 2023, o Brasil assumiu a presidência do G20, e Lula afirmou que o principal tema de sua gestão será o combate à fome e à pobreza. Em suas viagens internacionais, o líder brasileiro tem promovido o pacto global, solicitando o apoio de outros países para a iniciativa.
As adesões à aliança serão feitas por meio de uma declaração de compromisso, que inclui responsabilidades gerais com os objetivos e desenho do pacto, além de itens adaptados aos interesses e condições de cada novo membro. Este documento é voluntário e pode ser atualizado conforme necessário.
O processo de adesão ocorrerá até novembro. Após essa data, países e instituições ainda poderão se inscrever, mas não serão considerados membros fundadores. Dependendo da política implementada, o setor privado também poderá ser convidado a participar e contribuir.
Embora o G20 tenha sido usado como plataforma impulsionadora, após o lançamento formal em novembro, a aliança operará de forma independente, como uma plataforma global autônoma.
O financiamento da aliança ainda enfrenta resistência. Entre as opções discutidas pelo governo brasileiro estão a troca da dívida externa por aporte em programas sociais, o uso de valores em posse de instituições internacionais como o FMI e o Banco Mundial, além da taxação dos super-ricos.
Lula tem defendido a importância de um pacto global para enfrentar a fome e a pobreza, chamando a atenção para a necessidade de cooperação internacional e mobilização de recursos para a causa.
Fonte: R7