A Vila Olímpica de Manaus ficou movimentada na manhã deste sábado, dia 13, com o ‘Mães em Ação’ e o ‘Festival Desportivo Especial’, que reuniram quase duas mil pessoas. Aula de Ritmos, Ginástica Comunitária, Handebol, Judô, Basquete, Ginástica Rítmica, Atletismo, entre outros, fizeram a alegria de quem passou pelo complexo. Todas as atividades foram gratuitas e o intuito principal do evento foi motivar as mães a socializarem com os filhos através do esporte. A realização foi do Governo do Amazonas, via Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).
A abertura do evento, às 8h, contou com a animação do professor Hudson Praia, eterno dançarino da banda Carrapicho. Com sua equipe, ele fez as homenageadas do dia balançarem o esqueleto ao som de muito pop, axé, sertanejo e forró. As mamães aprovaram a ação e mostraram gingado.
“Foi muito divertido, algo diferente para comemorar o dia das mães e estou feliz em poder participar junto com as minhas amigas e filhas. Fiz questão de vir, mesmo morando um pouquinho longe, na Cidade de Deus”, disse Carline Azevedo, 22, mãe da pequena Carliane Furtado, de 4 anos, que estava acompanhada da amiga Adna Gomes e da filha Rhyane Alessandra, 7.
“Eu estou gostando muito de estar aqui com a minha mãe. Está divertido e eu gosto muito de dançar e tambem participamos de outras brincadeiras”, contou Carliane, que logo após curtiu a demonstração do Tiro com Arco, feita pelo professor Aníbal Forte. “Ela está encantada com a flecha”, comentou a mãe, Carline.
Na quadra I da Vila Olímpica, mais de 300 atletas buscavam o melhor desempenho no Festival Desportivo de Handebol, onde as mães tambem podiam participar do ‘Desafio de Filho para Mãe’. Um dos destaques em quadra foi Elisa Gabriele, de cinco anos, que faz da parte da Escolinha de Iniciação Esportiva, projeto desenvolvido pela Sejel. Com muita desenvoltura, a jovem mostrou intimidade com o esporte, mesmo sendo novinha. O DNA, entretanto, ajuda, uma vez que a pequena é filha da atleta Sandra Silva, que há 16 anos atua pela modalidade. Fazendo jus ao famoso ‘filho de peixe, peixinho é’.
“A Elisa começou na Escolinha desde fevereiro e vem se encantando com a modalidade. Vejo nela muita facilidade para o esporte e fico feliz em ver que possa ajudá-la, dando dicas e suporte. Eu jogo handebol desde os meus 15 anos de idade, sempre como pivô, e atualmente defendo o Santa Etelvina, pela categoria Adulto. Espero que minha filha possa seguir meus passos, pois irei ficar realizada”, disse Sandra, que tem pela frente a partir do dia 2 de junho o Campeonato Amazonense.
Para a gerente da Escolinha de Iniciação Esportiva e organizadora do Festival, professora Lilian Valente, as atividades mostram a nova safra da base e alimenta a participação do acompanhamento familiar. “Foi muito bom poder juntar o Festival com uma homenagem às mães, pois além dos filhos se divertirem juntos, a família acompanha o desenvolvimento da criança e do jovem. E hoje foi tudo de bom, pois muitas crianças aqui estão tendo seu primeiro contato competitivo e apesar do Festival não estipular colocação e classificação, ele tem o intuito de proporcionar essa visão de competição aos iniciantes e consegue, com toda certeza, cumprir esta missão”, disse.
Emocionante
Um dos momentos mais emocionantes da ação ocorreu no Centro de Ginástica do Amazonas Bianca Maia Mendonça, quando mais de 300 crianças fizeram uma apresentação às mães ao som de ‘Exemplo de Mulher’ (Eyshila), dançando, cantando e em libras. Segundo a professora Thainá Duarte, a linguagem de sinais foi usada para que todos pudessem interagir com a única aluna surda do projeto de GR, a Isis Guimarães. Para a mãe da garota, Ingrid Guimarães, 29, a surpresa não poderia ter sido mais bonita.
“Eu não sabia que eles estavam ensaiando em libras, fiquei super emocionada, feliz e grata por compartilharem desse momento com a minha filha. Já é maravilhoso ver a Isis sendo abraçada no projeto, pois as professoras se comunicam com ela em libras, e agora ver ela interagindo numa homenagem é para guardar para sempre. Acho que todas as mães e pais se emocionaram, pois isso significa realmente inclusão, a partilha do saber, amor”, destacou Ingrid.
Para a professora, o resultado foi além das expectativas. “Eu já havia aprendido libras, mas quando a Isis veio para o Centro, comecei a me especializar para poder manter a comunicação sempre. E para essa homenagem, ensinei a outros professores, que ensinaram essa música para seus alunos. Aqui nós queremos interagir com todos e a Isis tem sido uma fonte de inspiração. A homenagem foi muito mais que esperávamos, pois todas as alunas mostraram muita dedicação”, disse Thainá Duarte.
Vila agitada
Presente no evento, o titular da Sejel, Fabricio Lima, destacou a importância de atividades que conseguem reunir a família e afirmou que a ideia é fazer com que a Vila Olímpica possa atrair cada vez mais pessoas. “Fico muito satisfeito em ver tanta gente reunida prestigiando uma ação na Vila Olímpica, principalmente por ver a família reunida, seja através das mamães, as grandes homenageadas, como tambem pelos papais, tios, avôs, avós. Esse laço para a criança e jovem é muito importante, pois ela se sente apoiada em continuar no esporte. Queremos cada vez mais incentivar essa socialização e nosso foco é trabalhar para que mais festivais aconteçam e se tornem tradicionais no final de semana”, ressaltou.
