
A recente aprovação pelo Senado do Projeto de Lei 5.230/2023, que propõe uma nova reforma do ensino médio, suscitou debates e preocupações entre pais e responsáveis. O marketplace educacional Melhor Escola conduziu uma pesquisa com 842 pais e responsáveis de estudantes de escolas públicas e particulares para entender suas opiniões sobre a proposta.
Os resultados da pesquisa mostram que 58,79% dos entrevistados acreditam que o novo ensino médio não está preparando adequadamente os jovens para o futuro profissional e pessoal. Kenia Lorenzzato, psicóloga de São José do Rio Preto e mãe de três filhos, um deles recém-formado no ensino médio, expressou suas preocupações sobre o modelo atual e as mudanças propostas. Ela teme que as alterações possam exacerbar as desigualdades educacionais, especialmente entre escolas com diferentes capacidades de preparação de professores e oferta de itinerários formativos.
O estudo revelou que 77,08% dos pais concordam com o aumento da carga horária das matérias obrigatórias, como português e matemática, conforme aprovado pelo Senado. A proposta prevê a ampliação da carga horária mínima total destinada à formação geral básica (FGB) de 1.800 para 2.400 horas.
Sérgio Andrade, sócio fundador do Melhor Escola, destacou que a percepção negativa dos pais em relação ao novo ensino médio pode estar relacionada à falta de disciplinas direcionadas ao mercado profissional e à integração entre teoria e prática. A pesquisa também mostrou que 51,19% dos pais veem positivamente a redução da carga horária das disciplinas optativas. O novo modelo prevê que os itinerários formativos terão uma carga horária mínima de 800 horas nos três anos de ensino médio, reduzindo as atuais 1.200 horas.
Esses dados sugerem que, embora haja apoio para algumas mudanças, há preocupações significativas sobre a implementação e os impactos da reforma proposta.
Fonte: Brasil 61