Matriz Econômica Ambiental do AM vai receber R$ 450 milhões em investimentos, em 2017

José Melo dos investimentos a serem movimentados na MEA/Foto: Divulgação

A Nova Matriz Econômica Ambiental, proposta pelo governaor José Melo, deve receber cerca de R$ 450 milhões, em investimentos, ao longo deste ano, esta que é a principal aposta do Estado para gerar desenvolvimento econômico ao Amazonas, cujo projeto vai alavancar o uso sustentável dos recursos naturais tendo a piscicultura, fruticultura e a mineração como pilares.
Melo disse, durante entrevista a uma rádio de Manaus, que parte dos recursos estão garantidos, sendo R$ 150 milhões vindos de um financiamento com o Banco do Brasil, que já estão em caixa. Outros R$ 150 foram autorizados pela Caixa Econômica Federal. O restante deve vir do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).


“Fora da crise, a Zona Franca de Manaus gerava cerca de 130 mil empregos, porém, hoje, esse número caiu drasticamente para apenas 87 mil, o que acarretou uma série de problemas econômicos para o nosso Estado, que se mostrou extremamente dependente desse modelo econômico. Por isso, nós pensamos em uma solução inteligente e permanente para a situação. Assim nasceu a nossa Matriz Econômica Ambiental”, afirmou o governador.

José Melo dos investimentos a serem movimentados na MEA/Foto: Divulgação

Além dos pilares principais, a Matriz também deve apostar pesado nos pólos de cosméticos e fármacos com matéria prima regional. “Nossa floresta tem um grande potencial para este tipo de desenvolvimento. Algumas das melhores ervas, frutos e plantas medicinais e para uso de beleza estão aqui. O que precisamos fazer é potencializar a produção, melhorar as formas de escoamento e abastecer os consumidores. Com isso garantiremos emprego e renda seguros para os trabalhadores de todo o Estado, seja no interior ou na capital”, completou.

De acordo com Melo, com a queda na produção e aumento nas demissões da indústria, uma série de serviços básicos foram afetados e alguns sobrecarregados, como a educação pública, que teve de receber cerca de 19 mil alunos da rede privada e a saúde que passou a atender as pessoas que antes possuíam planos de saúde das empresas.

“Não foi só a arrecadação que diminuiu, mas a demanda dos nossos serviços também. Assim, tivemos que nos ajustar para garantir a qualidade no atendimento para a população. Mesmo em um momento de crise, com as reformas na gestão que realizei, nós extinguimos secretarias, repactuei contratos, ajustamos a folha, enfim, ajustamos o Estado e garantimos um lugar entre os três estados com a melhor situação fiscal em 2016. Essas medidas garantiram o pagamento em dia do 13º e dos salários dos servidores”, ressaltou Melo.

Apoio nacional – Com o anuncio do presidente Michel Temer em lançar um plano de desenvolvimento econômico para a Amazônia, o governador acredita que a Matriz Econômica do Amazonas terá ainda mais chances de se firmar como principal modelo de economia de toda a região Norte do Brasil. “Fiquei muito feliz quando o presidente fez esse anuncio para nós governadores da região Amazônica. Ele teve a sabedoria de compreender que a região é o maior bem que o País possui e que ela precisa ser mais bem explorada”.

Seplancti – Como forma de fortalecer ainda mais a Matriz Econômica Ambiental, Melo anunciou que vai dividir a atual Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti) em duas. Com a mudança, serão criadas as secretarias de Ciência, Tecnologia e Geodiversidade e a de Planejamento e Desenvolvimento.

“Temos que criar uma secretaria que ajude a cuidar da nossa geodiversidade, ou seja, dos nossos produtos da floresta e outra para nosso planejamento de gestão. Ambas serão essenciais para que a Matriz, um ganho para todos os amazonenses, se torne realidade”, enfatizou.

Segurança nas fronteiras – José Melo aproveitou a oportunidade para elogiar a iniciativa do presidente Michel Temer em dispor as tropas das Forças Armadas para agir no sistema penitenciário e principalmente pelo reforço nas fronteiras. De acordo com ele, a medida é essencial para acabar com o problema do tráfico de drogas em sua raiz.

“A Colômbia, Peru, Bolívia e Paraguai refinam 93% de toda a cocaína consumida no mundo e essa droga passa pelos rios da Amazônia. A decisão de colocar as forças para fechar as fronteiras, com a aquisição de equipamentos de ponta, feita num acordo com os governadores do Norte e do Centro- oeste foi corajosa e inteligente. E de quebra conseguimos que o Governo Federal conseguisse acesso ao dinheiro do fundo penitenciário, que estava indisponível aos governos há mais de quatro anos”, lembrou.

Durante a entrevista, o governador reforçou que toda a segurança pública do Estado trabalha o combate ao tráfico como uma prioridade. Prova disso é que nos últimos dois anos, cerca de 21,8 toneladas de drogas foram apreendidos, número que supera as apreensões dos últimos 20 anos. Também vale ressaltar, que 70% dos presos nesse período são envolvidos de alguma forma com o tráfico.

Saúde – José Melo garantiu que, assim como aconteceu desde o início da sua gestão, a saúde continuará sendo prioridade e anunciou que cerca de R$ 150 milhões serão investidos apenas na aquisição de medicamentos em 2017. O governador também anunciou a entrega do Hospital da Zona Norte para o final de março deste ano.

“Serão 340 leitos novos, 11 centros cirúrgicos e o mais moderno centro de imagem do Norte e Nordeste. Com a inauguração nós queremos fazer um mutirão de cirurgias para reduzir as filas de quem espera nas nossas unidades de saúde, que vale lembrar, fazem 70% do atendimento de todo o Estado. Se falarmos de urgência e emergência esse percentual beira os 96%”, completou.

Também foram anunciadas as reformas do Hospital Adriano Jorge e João Lúcio para este ano, mas o destaque fica por conta da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), que deverá ganhar um novo acelerador linear e ainda ganhar um novo prédio anexo para aumentar o número de atendimentos. “Teremos uma das melhores estruturas de todo o Brasil. Hoje, além dos nossos pacientes, a Fundação também atende pessoas de Roraima, Acre, Rondônia e parte do Pará”.

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