A morte de Teori Zavascki – por Rodrigo Furtado

Rodrigo Furtado - Presidente da Juventude da Central de Movimentos Populares do Amazonas.

É compreensível e de amplo entendimento o fato que ceifou a vida do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki.


O ex-ministro era, na corte suprema do país aquele que relatava e expedia autorização para a polícia federal cumprir as decisões judiciais que levaram a prisão inúmeros políticos corruptos, diretores executivos de inúmeras empresas privadas, bem como funcionários de carreira nas empresas estatais do país, a exemplo da Petrobrás.

Rodrigo Furtado – Presidente da Juventude da Central de Movimentos Populares do Amazonas.

O falecido relator, tido como o guardião da operação Lava Jato por diversas personalidades do mundo da magistratura, do meio político e de intelectuais, também sabiam, como todos nós sabemos, da alta responsabilidade que Teori tivera em toda a condução da operação, afinal, sobre a mira do ex-ministro, estavam a maior parte do Congresso Nacional sob investigação na justiça, como bem exemplifica o número de investigados no Senado Federal, sob os olhos da operação, estão no mais de 11 Senadores e na Câmara dos Deputados mais da metade dos 300 existentes.

Agora, com a morte do ministro, o Brasil passa a viver com duas realidades: Ou a presidente do Supremo Tribunal Federal Carmen Lúcia indica provisoriamente um novo relator do processo da Lava Jato ou o presidente Michel Temer (PMDB), indica um novo ministro a compor a corte suprema e consequentemente a relatoria do caso.

Vale salientar que o presidente da república, bem como os dois presidentes do Congresso Nacional, os excelentíssimos Renan Calheiros (Presidente do Senado) e Rodrigo Maia ( Presidente da Câmara), o trio estavam sob o olhar de Teori que denunciados e citados estão pelos delegados na Lava Jato.

A pouca vergonha é que, não sabemos se o próximo ministro que assumirá no lugar de Zavascki, indicado por Temer, será isento e imparcial em relação ao presidente e aos seus correligionários. O que queremos é uma resposta positiva de todo esse imbróglio e não dá para a justiça brasileira ser tutelada por outros poderes da república.

*Rodrigo Furtado – Presidente da Juventude da Central de Movimentos Populares do Amazonas, militante dos movimentos sociais e cronista do Portal de Notícias Correio da Amazônia.

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