MP discute as indenizações do desastre ambiental de 2015 no Pará

O navio naufragou em 2015, com quase 700 toneladas de óleo e cinco mil bois/Foto : divulgação
O navio naufragou em 2015, com quase 700 toneladas de óleo e cinco mil bois/Foto : divulgação
O navio naufragou em 2015, com quase 700 toneladas de óleo e cinco mil bois/Foto : divulgação

O Ministério Público Estadual (MPPA) e Federal (MPF) realizam nesta terça-feira (26) uma audiência pública com as famílias afetadas pelo naufrágio do navio Haidar em Barcarena, no nordeste do Pará. O objetivo é tentar um acordo entre a comunidade e as empresas envolvidas no desastre ambiental, que ocorreu em outubro de 2015 quando a embarcação carregada com bois vivos naufragou no porto da Companhia Docas do Pará (CDP).


O navio, que estava a caminho da Venezuela, naufragou no dia 6 de outubro de 2015, com quase 700 toneladas de óleo e cerca de cinco mil bois vivos. Após o incidente, três praias de Vila do Conde, o píer onde ocorreu o naufrágio e a praia de Beja, em Abaetetuba, foram interditados e proibidos para qualquer tipo de atividade. Lideranças comunitárias contabilizam cerca de 10 mil foram atingidas pelo crime ambiental.

Segundo a CDP, até o momento foram entregues R$ 100 mil em cestas básicas, além de R$ 1 milhão para as famílias atingidas. Os valores dos danos às famílias afetadas e os prejuízos ambientais ainda estão sendo calculados pelos órgãos competentes.

“Como é uma questão bastante complexa e vamos ouvir uma quantidade muito grande de pessoas, é bastante improvável que já consigamos chegar a uma deliberação ou a uma conclusão. A tendência é que a gente haja em reunião para dar o encaminhamento para a população”, afirmou o procurador da República, Bruno Valente.

O instituto Evandro Chagas, responsável pela análise da qualidade da água na região do naufrágio, informou que desde dezembro do ano passado as condições das águas dos rios voltaram ao normal. Mas, o Instituto reforça que é muito importante que o navio seja retirado do fundo do rio. A previsão é que a retirada da embarcação seja feita dentro de um ano e meio.

“Não há um acordo entre o armador, o proprietário do navio, e a seguradora com ele fez a apólice. Não havendo esse acordo, isso será decidido em uma câmera de arbitragem que fica em Londres, que concentra todas essas questão a nível mundial. Então demora devido a isso.” explicou o presidente da CDP, Parsifal Pontes.

(Natureza Bela Vida)

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