Quatro novos casos de estupro a meninas com idades entre 9 e 13 anos foram atribuídos ao guarda portuário Samuel George Miranda, de 35 anos, preso no dia 15 de novembro, em Macapá. As denúncias foram feitas ao Ministério Público Estadual (MP-AP), após o suspeito ter sido detido por suposta ameaça e estupro a uma adolescente de 14 anos, quando ela estaria seguindo para a escola, em Santana, a 17 quilômetros da capital. Miranda permanece preso.
O advogado Marcelino Freitas, que defende o guarda, disse que o cliente nega qualquer envolvimento sexual com outra menor de idade. Segundo ele, os casos teriam sido associados a ele por causa da grande repercussão da prisão dele. Freitas falou ainda que as outras supostas vítimas de abuso podem ter confundido o rosto do suspeito.
“Nós, aqui da região Norte, temos uma composição muito parecida, e alguns têm a pele mais escura e é uma mistura de raças muito grande. De tanto a imagem dele ser repetida nesse caso inúmeras vezes, as supostas vítimas viram aquela figura e apontaram ele como suposto autor desses casos, mas isso não deve prosperar pois ele não deve nada”, falou o advogado.
Dos novos registros contra o guarda, dois foram em Santana (meninas de 9 e 12 anos) e outros dois em Macapá(meninas de 10 e 13 anos). De acordo com a investigação, o suspeito é morador da capital e vive frequentemente na cidade pois trabalha na Companhia Docas de Santana.
As informações sobre os novos casos estão sendo monitoradas pela Promotoria de Justiça Criminal e do Tribunal do Júri de Santana.
O promotor Anderson Batista de Souza disse que os demais registros são semelhantes ao que motivou a prisão do guarda, onde as vítimas são abordadas pelo carro do suspeito em via pública e são ameaçadas para entrar no veículo.
“Ele teria se validado do carro dele, um carro branco, e abordava as meninas na rua mesmo. Com ameaça, faca ou gesticulação verbal, fazia com que essas crianças entrassem no carro, e as levava para algum lugar onde pudesse consumar o sexo. Todos os casos relatados foram de estupro, violência, grave ameaça e sem consentimento delas”, relatou o promotor.
O Ministério Público, porém, não confirma que o guarda seja o autor dos quatro crimes, mas acrescenta que em todos os casos as vítimas reconheceram o suspeito e o carro. A investigação aguarda por exames periciais e novos relatos das vítimas, segundo o promotor.
Industrial de Santana, onde a teria forçado praticar sexo dentro do carro. O guarda negou que tenha havido penetração, mas admitiu o sexo oral.
Fonte: Enfoco Notícias