No Dia da Terra, celebrado neste dia 22 de abril, a Amazon Investor Coalition (AIC, EUA), um programa colaborativo do Earth Innovation Institute (EII, EUA), se uniu à Fundação CERTI em uma parceria estratégica multilateral. A iniciativa tem o apoio do governo britânico por meio da Partnerships for Forests (P4F), bem como da NEXUS, uma rede global de investidores de impacto de nova geração, filantropos e aliados. As cinco organizações trabalharão juntas para fortalecer o potencial de líder global em bioeconomia e descarbonização da Amazônia, integrando metas de desenvolvimento econômico e ambiental para toda a região amazônica.
As finanças globais podem ter um impacto fundamental para a floresta e para as pessoas na Amazônia. Desenvolver uma bioeconomia regenerativa na Amazônia é uma das oportunidades de investimento em estabilização climática de maior alavancagem na atualidade. Como um recurso central para mitigar as mudanças climáticas e o ciclo global da água, a floresta amazônica é vital para a sustentabilidade planetária. A Amazônia abriga estoques de carbono, incluindo plantas, solos e milhares de espécies que podem estimular avanços econômicos regionais se vinculados de forma equitativa e sustentável aos mercados globais, à tecnologia moderna e aos direitos das comunidades.
A parceria entre as cinco instituições visa proteger os ecossistemas da Amazônia, restaurar os sistemas alimentares, reduzir as emissões de carbono e criar riqueza regional, mobilizando a comunidade financeira global (AIC e NEXUS), a comunidade empreendedora inovadora da Amazônia (CERTI) e governos subnacionais da região e setores agrícolas (EII) para ajudar a floresta a atingir seu pleno potencial econômico. Em seu primeiro ano, a parceria visa aumentar e melhorar a alocação de capital misto na região, mobilizando US$ 10 milhões em filantropia, US$ 30 milhões em investimento privado e US$ 5 milhões em acordos de compra corporativa para produtos florestais de origem sustentável.
“Passei a última década construindo o NEXUS para um momento como este”, afirma Jonah Wittkamper, CEO e cofundador da AIC e presidente e cofundador da NEXUS. “Muitas pessoas querem ajudar. Acredito que a floresta vale mais viva e em pé do que derrubada e queimada. E agora temos a equipe pronta para tornar isso possível”.
Uma iniciativa chave da parceria é o desenvolvimento de uma aliança com incubadoras, aceleradoras e organizações de fortalecimento de ecossistemas de inovação que operam na região. O objetivo é aumentar o fluxo de investimentos para amadurecer a bioeconomia da floresta amazônica. Ao ajudar os provedores de capital a descobrirem projetos para investimento, obterem conhecimento do mercado da Amazônia e encontrarem pares ao longo de sua “jornada de investimento na região”, a aliança busca impulsionar negócios que crescem em vários setores, incluindo os de sequestro de carbono, alimentos e bebidas, pesca, cosméticos, moda/têxtil, farmacêutico, fitoterápico, etc.
A parceria global também está aumentando a oferta de oportunidades de investimento, apoiando inovadores locais ao longo de sua jornada de empreendedorismo na Amazônia, por meio da Jornada Amazônia da CERTI. “Esta parceria representa uma oportunidade única para fortalecer ainda mais os empreendedores locais e impulsionar o ecossistema de inovação da Amazônia”, destaca Marcos Da-Ré, Diretor do Centro de Economia Verde da CERTI. O resultado pretendido: uma transição econômica e do uso da terra, em larga escala, em direção a uma abordagem baseada em direitos para o desenvolvimento sustentável que reconheça o valor inerente da diversidade biológica, das comunidades tradicionais e a riqueza do carbono como um motor de crescimento renovável.
O presidente e diretor executivo do Earth Innovation Institute, Dan Nepstad, comenta que “investimentos em novas bioeconomias promissoras, novas parcerias comerciais e a chegada do tão esperado mercado de carbono para programas estaduais de REDD+ (para conservação florestal e redução de emissão dos gases do efeito estufa) são pilares de um futuro saudável, próspero e florestal. Marcio Sztutman, Diretor Regional do P4F na América Latina, afirma: “O governo do Reino Unido, via P4F, apoia essa parceria e o ciclo virtuoso que impulsionará o investimento em negócios que tragam desenvolvimento para as comunidades locais, preservando sua maior riqueza – a floresta amazônica”.
