Número de empresas com home office deve crescer 30% após pandemia

Pesquisas indicam que corporações e colaboradores se adaptam ao modelo de trabalho/Foto: Divulgação
Quando a pandemia acabar, o número de empresas que adotam o home office deve crescer 30%, de acordo com o estudo Tendências de Marketing e Tecnologia 2020: Humanidade Redefinida e os Novos Negócios, realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A pesquisa levou em consideração a opinião de gestores de 100 empresas.
Para André Miceli, diretor executivo da Infobase e um dos responsáveis pelo levantamento, mesmo quando o isolamento social não for mais preciso, as atividades cotidianas voltarão aos poucos à normalidade. Com isso, há a possibilidade de que exista um revezamento de pessoas que estarão na empresa durante os dias e semanas imediatos ao término da quarentena.
“Na sequência, quando tudo estiver aberto e pronto para voltar a ser, em tese, o que era antes, é que a gente espera esse aumento de 30% nas empresas brasileiras, fazendo pelo menos um dia de home office depois que a pandemia acabar”, afirmou Miceli.
Isso porque a situação foi necessária para que muitas corporações tivessem que se adaptar e optar pelo modelo, mesmo sem prática. “Muitas empresas não testavam. Algumas testavam, mas ficavam com aquela sensação de que não funciona, só que agora precisou funcionar. É claro que nem todas as áreas podem funcionar dessa maneira, é claro que nem toda empresa pode funcionar integralmente assim, mas é um modelo que agora foi posto à prova de uma forma que não havia sido antes”, completou.
Um outro levantamento, desta vez realizado pela Fundação Dom Cabral em parceria com a consultoria Grant Thornton, mostrou que cerca de 54% dos colaboradores que estão em regime home office pretendem seguir desta forma quando a pandemia acabar. A coleta de informações foi feita com 705 profissionais com idades entre 24 e 58 anos – entre eles, gestores e pessoas em posição de liderança – do dia 23 de março a 5 de abril.
No entanto, também há resistência por parte dos líderes. Cerca de 15% acreditam que foram prejudicados pelo modelo e pela falta de disponibilidade da infraestrutura necessária em casa. Assim, apenas 33% dos entrevistados afirmaram receber ajudas adequadas por parte de seus gestores.
Mesmo assim, 53% deles aderiu a mais de um modo de comunicação interna, seja por redes sociais ou canais de videochamada. O modelo é uma das alternativas para que as atividades empresariais permaneçam sendo desenvolvidas, mesmo na quarentena. Assim, as pesquisas têm mostrado que, com planejamento estratégico, muito abordado em faculdades de administração, empreendedores conseguirão adaptar suas empresas para a nova modalidade, mesmo que existam alguns pontos de atenção, como a tecnologia usada pelo colaborador ou os meios de distribuição e contabilização de tarefas.

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