O Brasil retornou ao Mapa da Fome da ONU

Foto: Divulgação

O Brasil tinha saído do Mapa da Fome durante o governo Dilma Rousseff, quando a ONU anunciou que o Brasil havia saído do Mapa da Fome no mundo, resultado de políticas públicas implantadas a partir do primeiro governo de Lula. Em 2017 a pobreza extrema cresceu 11,2%, atingindo 14,83 milhões de pessoas.


Maior que toda a população de Portugal. 55% desses brasileiros estão no Nordeste.
No Amazonas são 1.367.745 habitantes estão na condição de extrema pobreza, deste total 322.921 estão na capital de Manaus, vivendo com menos R$ 85,00 por mês.

Dois anos depois, o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff impôs uma agenda perversa, que afetou sobretudo a população mais pobre. O desmonte das políticas de assistência social vitíma a população mais pobre. E a situação é de agravamento. Cortes em benefícios e programas sociais excluíram do Programa Bolsa Família 1,1 milhão de famílias, o que representa 4,3 milhões de pessoas, a maioria crianças. Com o aprofundamento da crise política e econômica, cresceu o desemprego e vieram mais cortes em ações sociais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que teve um corte de 90% no orçamento e com o aumento do preco do gás cerca de R$12 milhões de brasileiros voltaram a cozinhar a fogão a lenha (IBGE/2018)

Foto: Divulgação

“Enfrentar a fome é enfrentar a pobreza extrema. Na medida em que se coloca a questão da alimentação no âmbito da saúde pública, trilhamos o caminho certo”, disse o economista Francisco Menezes, coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase).

O agrônomo José Graziano, presidente da FAO e foi o primeiro ministro do Fome Zero no governo Lula, afirmou que a crise econômica afetou A continuidade das políticas estruturantes. “A segurança alimentar deve ser uma política de Estado. A crise econômica terminou por impedir que se consolidasse uma política de segurança alimentar, é nessa situação que precisa de mais investimentos em programas sociais” afirmou Graziano.

Foto: Divulgação

Para Thomaz Meireles, especialista em agronegócio e ex-superintende da CONAB, o Amazonas tem que organizar os grupos formais para acessar as políticas públicas do governo federal no que refere a comercialização e doação, os Fundos de Promoção Social e Erradicação da Pobreza Estadual e de Manaus deve priorizar projetos para atender essa parcela da população. Criar formas e parcerias para aproveitar os alimentos que são dispedirçados na capital, segundo pesquisa do INPA, são aproximadamente 95 ton de alimentos jogada no lixo, enquanto o povo passa fome. Algo precisa ser feito com urgência.

Artigo anteriorLula, a CT&I e os pesquisadores – por Odenildo Sena
Próximo artigoAGROUFAM agora na linha do Slow Food & Panc

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui