O ‘EXTRESSO’ está de volta com o BRS e a mesma roupagem de 2002

Novo sistema, o BRS, complica também/Foto: Zeferino Netto

Novo sistema, o BRS, complica também/Foto: Zeferino Netto


Com o BRS a complicação vai continuar, trânsito engarrafado/Foto: Zeferino Netto

Com a pista da Av. Constantino Nery fatiada para receber a reedição do antigo Sistema Expresso, o “novo sistema” Bus Rapid Service (BRS), da prefeitura de Manaus, tem tudo para promover o caos urbano viário dos últimos tempos, quando isola uma faixa da avenida, exclusiva para o sistema e joga carros, motocicletas, caminhões, carretas e os outros ônibus, que não fazem parte do projeto, nas duas faixas restantes. Será um Deus nos acuda.

O que estava ruim está piorando. A volta do “EXTRESSO”, criado pelo ex-prefeito Alfredo Nascimento, em 2002, para ser uma das maravilhas da mobilidade urbana da cidade, acabou se transformando em desperdício de dinheiro público e transtorno para população e usuários dos transportes coletivos de Manaus. Pior, voltou com um aditivo a mais: multas e engarrafamentos quilométricos.

De acordo com o Departamento Nacional de Transito – DENATRAN, em 2002, Manaus possuía 203.119 veículos, sendo 121.656 automóveis de passeio. Até final de 2012, Manaus tinha 581.179 veículos circulando na cidade, destes, 311.179 eram automóveis de passeio. Ou seja, Manaus possui hoje mais de 378.060 carros em circulação, levando em conta os mais de 7 mil emplacamentos registrados pelo Detran todos os meses.

A contradição da volta desse modelo falido começou quando o atual administrador de Manaus, disse á menos um ano, que iria desativar e retirar todas as paradas do sistema Expresso, mas não foi o que aconteceu. Pelo contrário, a Prefeitura de Manaus está reeditando o “Estresso” e o caos do sistema de tráfego na Avenida Constantino Nery e adjacências.

Segundo a Superintendência Municipal de Transporte Urbano (SMTU), a obra faz parte do pacote anunciado pelo prefeito de Manaus para a copa 2014. Os investimentos está na ordem de R$ 600 milhões, vindos dos governos municipal, estadual e federal. As obras seriam concluídas no final de 2013, segundo a prefeitura, mas só entrou em operação no início desse fevereiro de 2014.

Com isso, o projeto de ônibus sobre trilhos, anel viário para abrigar o sistema de transportes coletivos de Manaus, os “postes de acrílico” prometidos em campanha e outras promessas de cunho menos importante, estão esquecidas e, pelo visto, enterradas.

 

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