ONU alerta para a expansão das drogas sintéticas no mundo

Foto: Recorte

A “produção barata, rápida e fácil” de drogas sintéticas, como o fentanil, transformou profundamente muitos mercados ao redor do mundo, informou a ONU neste domingo (24), alertando para “consequências desastrosas”.


O fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais potente que a heroína, “mudou radicalmente o uso de opioides na América do Norte”, escreveu o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) em um comunicado que acompanha a publicação de seu relatório anual.

Em 2021, a maioria das mortes por overdose na América do Norte é atribuída a essa droga, cuja produção pode aumentar.

A agência com sede em Viena, na Áustria, alerta para o impacto da guerra na Ucrânia, com “alguns indícios de que poderá desencadear uma expansão do tráfico de drogas sintéticas, dado o conhecimento técnico existente e os grandes mercados que se desenvolvem na zona” .

Também destaca as consequências ambientais da produção de drogas, como o caso da Amazônia, onde o cultivo de drogas com sua “oferta recorde” e suas “redes cada vez mais ágeis” está “agravando atividades criminosas” como desmatamento ilegal e tráfico de animais silvestres.

O UNODC também cita a situação no Afeganistão, onde o esperado declínio no cultivo de papoula como resultado de sua proibição pelo Talibã pode levar a uma mudança para a produção de metanfetamina.

Aquele país já é um dos maiores produtores do estimulante viciante que é a “principal droga sintética fabricada ilegalmente no mundo”.

“Devemos intensificar a luta contra os traficantes que exploram conflitos e crises globais para expandir a produção de drogas, especialmente substâncias sintéticas”, disse Ghada Waly, diretora executiva do UNODC, citada no comunicado.

Em todo o mundo, “mais de 296 milhões de pessoas usaram drogas em 2021, um aumento de 23% em 10 anos”, sendo a maconha a droga mais consumida, segundo a agência.

Além disso, o número de pessoas que sofrem de transtornos relacionados a drogas aumentou 45% no mesmo período, mas apenas uma em cada cinco pessoas recebe tratamento.

Fonte: R7

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