A presidente será formalmente retirada do cargo se seis dos nove juízes do tribubal aprovarem o impeachment. Se isto ocorrer, a Coreia do Sul deverá convocar novas eleições presidenciais em 60 dias.
Entenda o caso
O processo começou a ser cogitado quando a mandatária do país se desculpou publicamente após diversas denúncias de opositores a respeito de a presidente ter recebido orientações de uma pessoa que não faz parte de sua equipe.
O escândalo eclodiu, quando Park Geun-Hye se desculpou publicamente pelo vazamento de vários discursos presidenciais que ainda não tinham sido pronunciados. Os textos tinham sido dados à sua amiga Choi Soon-sil, apontada como uma “cartomante xamã”, que também é suspeita de ter se apropriado de US$ 70 milhões de grandes empresas do país.
A conselheira xamânica também teria usado de sua influência junto ao governo para indicar seus próprios aliados para cargos no poder executivo sul-coreano, conforme noticiado pelo jornal The New York Times.
Em outubro, Choi retornou à Coreia do Sul após um período na Europa – onde estava escondida desde que o escândalo veio a público – e pediu desculpas pelos seus “mal-feitos”. O advogado de Choi afirmou que ela responderá a todos os questionamentos a respeito de sua relação com a presidente Park, que agora enfrenta a ira popular em seu país.
Logo após o pronunciamento de Choi, a president Park Geun-hye demitiu o chefe de sua equipe de governo e outros sete assessores, em um esforço para recuperar a confiança da população.
Os assessores demitidos foram flagrados em vídeo transmitido pelo canal local de notícias “Chosun” reverenciando Choi após ela aparentemente ter dado ordens a eles, ainda de acordo com o New York Times.
Também em outubro, pelo menos 10 mil pessoas foram às ruas de Seul, a capital da Coreia do Sul, para pedir o impeachment de Park Geun-hye.(iG/Ansa)