Perda de favoritismo e fragilidade do governo está derrotando Amazonino Mendes

Ex-Governador Amazonino Mendes não está doente e nem internado - foto: Marcos Santos

O governador Amazonino Mendes (PDT) não sabe mais governar como na década de 80. O seu modo populista de conduzir a máquina administrativa do Estado está vazando água. Pesquisa do publicitário Durango Duarte diz que os seguidos movimentos grevistas dos servidores públicos contribuíram para fragilizar o governador e jogar por terra o ligeiro favoritismo que ele tinha no início do ano.


Percebendo a perda de apoio dos servidores públicos, como os policiais civis e militares, professores, da saúde, cultura e setor primário, tentou reverter o quadro criando dois movimentos, que resultaram em extrema repercussão negativa.

O primeiro, foi o de aumentar em 103% os salários dos secretários de forma apressada e ilegal. O objetivo, segundo se comenta, era incentivá-los a buscarem apoio junto aos servidores e fazer com que eles entrassem em uma provável campanha, com as ações de suas secretárias.

Governador tampão, Amazonino Mendes (PDT) – foto: Marcos Santos

Acuado pela Assembléia Legislativa do Estado (Aleam) e o Ministério Público (MP), Amazonino revogou no último dia (16/04), o decreto que dava mais de 100% de aumento aos secretários, secretárias e dirigentes de autarquia e órgãos da administração direta.

O interior

Segundo, Amazonino chamou uma reunião com 53 prefeitos, dia (14/04) prometendo liberar 500 milhões de reais para os setores de infraestrutura, mobilidade, educação, segurança, saúde e setor primário, entre outras áreas.

De acordo com o governador, neste ano de eleição o governo reservou R$ 152,3 milhões, via recurso do Banco do Brasil, para convênios com as prefeituras do interior do Estado voltados às áreas de infraestrutura, saneamento e abastecimento, educação e produção rural, de R$ 367,9 milhões para as obras para recuperação do sistema viário urbano de 51 cidades.

“Tanta bondade vinda de Amazonino Mendes, só é possível mesmo em ano eleitoral”, comentou um prefeito do Baixo Amazonas. Mas, pelo menos em ano eleitoral, o interior é lembrado para o bem de tanta gente sofrida e esquecida pela ausência do poder público.

A promessa de farta distribuição de dinheiro para as prefeituras do interior, largamente divulgado na ‘mídia amiga’, coloca Amazonino, Mais uma vez, sob os holofotes do Ministério Público e da sua forte oposição na Assembléia Legislativa do Estado (Aleam).

“Amazonino está usando a máquina pública para fins eleitoreiros”, comenta o deputado estadual Serafim Corrêa. Ao prometer aos gestores do interior, mesmo aqueles que estão inadimplentes, que eles vão participar do rateio de R$ 500 milhões, que será repassado a essas prefeituras, às vésperas da campanha eleitoral, Amazonino dá mostras de que perdeu a direção e que já não consegue governar como na década de 80.

Artigo anteriorO Partido Verde sai ganhando com a abertura da Janela Partidária
Próximo artigoExército resgata ônibus após ficar uma semana atolado na BR-319

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui