Petrobras sabia de abusos sexuais mas só demitiu petroleiro após denúncia do MP

Foto: Reprodução

A Petrobras foi comunicada sobre o abuso sexual cometido contra três mulheres no Centro de Pesquisas (Cenpes) na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio, há mais de seis meses, mas só demitiu o funcionário Cristiano Medeiros de Souza, acusado pelos assédios, depois de uma denúncia do Ministério Público do Rio (MP-RJ).


Uma investigação interna foi aberta pela ouvidoria da empresa depois de denúncias das vítimas, mas foi arquivada, sem punição, sob a alegação de falta de provas, apurou a GloboNews.

A defesa de Souza negou a existência dos fatos e afirmou que uma das supostas vítimas não trabalhava no mesmo setor do petroleiro.

“A investigação foi encerrada de forma prematura, sem a identificação e oitiva de pessoas mencionadas como testemunha. Foi levada em conta apenas a versão das acusadoras”, diz o advogado Mauro Fernandes, que representa Souza.

Na segunda-feira (3), a Petrobras criou um grupo de trabalho para rever os procedimentos internos de recebimento e tratamento das denúncias de assédio e importunação sexual contra mulheres. As denúncias de abusos foram reveladas por Ancelmo Gois, colunista do jornal “O Globo”.

A GloboNews teve acesso a documentos e a relatos que mostram que a ouvidoria, o departamento de recursos humanos e a gerência do Cespen sabiam do caso desde setembro do passado.

A demissão do agressor só aconteceu, no entanto, depois que o MP do Rio denunciou o petroleiro por assédio e importunação sexual cometido contra uma das auxiliares de limpeza. Segundo a defesa da vítima, a denúncia foi aceita pela Justiça. » LEIA MAIS

g1

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