Polícia prende em Iranduba trio envolvido em mortes na capital

Manaus – A Polícia Civil do Amazonas, representada pelos delegados Jeff David Mac Donald e Sylvia Laureana, titulares, respectivamente, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Iranduba, falou na manhã desta quarta-feira (15/8), durante coletiva de imprensa realizada às 11h, no prédio da DEHS, sobre o resultado de ação policial deflagrada na tarde de terça-feira (14/8), que culminou nas prisões de três indivíduos envolvidos em mortes na capital.


Whangley dos Santos Silva, 21, conhecido como “Olhão”, e André Pinto Ferreira, 26, foram presos em cumprimento a mandados de prisão preventiva por homicídio qualificado. Já Diego da Silva Litaiff, 29, chamado de “Mano DG”, foi preso em cumprimento a mandado de prisão preventiva por latrocínio. As ordens judiciais foram expedidas pelos juízes Glen Hudson Paulain Machado, no Plantão Criminal, e Anagali Marcon Bertazzo, da 11ª Vara Criminal.

De acordo com Laureana, as prisões dos infratores ocorreram por volta das 16h, durante ação integrada envolvendo policiais civis da DEHS e 31ª DIP, em um sítio na Comunidade Lago do Limão, em Iranduba, município distante 27 quilômetros em linha reta da capital. A autoridade policial relatou detalhes dos trabalhos ao longo da coletiva de imprensa.

“Nós recebemos delação, informando que sete elementos, considerados de alta periculosidade, estavam em um veículo modelo Onix, de cor prata, no Lago do Limão, Comunidade em Iranduba. Então nos deslocamos pela manhã até o local indicado e no primeiro momento não logramos êxito. Ao realizarmos uma nova diligência no local conseguimos localizar os infratores. Quatro dessas pessoas foram ouvidas e liberadas. Já os outros três, ao consultarmos o delegado Jeff Mac Donald, verificamos que tinham envolvimento com execuções em Manaus”, explicou a titular da 31ª DIP.

Sylvia Laureana ressaltou que muitos infratores cometem crimes na capital e se refugiam em sítios no município de Iranduba.
“O importante é ressaltar que a partir das prisões desses elementos a DEHS vai poder elucidar casos de homicídios ocorridos em Manaus, isso sem contar outros delitos que podem ter sido cometidos por esses indivíduos. Por determinação do delegado-geral, Mariolino Brito, estamos atuando de forma incansável no combate à criminalidade, tanto na capital como no interior do Estado”, disse.

A titular da 31ª DIP enfatizou, ainda, que no momento da abordagem policial, Diego se passou por Alexandre, apresentando uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsificada. Em razão disso, ele acabou autuado em flagrante por falsidade ideológica e uso de documento falso.

*Investigação* – De acordo com o titular da DEHS, Whangley Silva e André Ferreira estão envolvidos no homicídio de Huildson Oliveira Lima, ocorrido na tarde do último domingo (12/8), por volta das 16h30, na rua Desembargador Arthur Virgílio Neto, bairro Vila da Prata, zona oeste da capital. A vítima tinha 23 anos e era conhecida como “Ninico”. Mac Donald enfatizou que os policiais civis da especializada estiveram no local do crime, coletaram as informações preliminares e deram início às investigações em torno do caso.

“A dupla participou da morte de “Ninico”. Na ocasião, a vítima foi abordada por quatro pessoas que estavam no automóvel modelo Onix, de cor prata, apreendido no sítio em Iranduba. Durante as investigações conseguimos identificar Whangley e André. Os dois infratores não foram os executores do crime. Eles ficaram dentro do veículo, aguardando os dois comparsas, dentre eles um indivíduo identificado apenas como “Beto”, que já estão sendo investigados pela polícia. No momento da ação criminosa, um dos infratores ameaçou de morte quem delatasse a ação criminosa”, esclareceu o titular da DEHS.

*Periculosidade* – Mac Donald informou que Diego participou de latrocínio que teve como vítima o motorista de transporte alternativo Antônio Alves de Souza. A vítima tinha 59 anos. O crime ocorreu no dia 4 março de 2017, no bairro Santa Etelvina, zona norte da capital. Além do latrocínio, Diego é investigado por envolvimento em nove homicídios que aconteceram na capital nos últimos anos.

“Na ocasião, a vítima estava realizando o trajeto do micro-ônibus quando foi abordada por Diego e um homem identificado como Dieimerson Monteiro Silva, 23. Na época, Diego, que estava em posse de uma arma de fogo, alvejou a vítima na cabeça. O homem foi a óbito no local”, afirmou o delegado.

Segundo Jeff David, Dieimerson foi preso naquele mesmo dia, durante ação conjunta envolvendo policiais civis da DEHS, Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera) e policiais militares da Companhia de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM). Com ele foi apreendida uma faca utilizada na ação criminosa.

*Flagrante:* Diego foi autuado em flagrante por falsidade ideológica e uso de documento falso. Ele também foi indiciado por latrocínio. Whangley Silva e André Ferreira foram indiciados por homicídio qualificado. Ao término dos procedimentos cabíveis na DEHS, Whangley e André serão conduzidos ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde irão ficar à disposição da Justiça.

“Mano DG” será levado para Audiência de Custódia no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, bairro São Francisco, zona sul da capital. Logo em seguida, será encaminhado ao CDPM, em razão do mandado de prisão por latrocínio em nome dele.

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