População a favor do aterro sanitário é proibida de entrar no Ministério Público de Iranduba

Foto: Divulgação

Moradores de várias comunidades, profissionais, representantes de associações e entidades sociais de Iranduba (a 35 quilômetros de Manaus) foram proibidos de entrar, na manhã desta segunda-feira (13), na sede do Ministério Público do Amazonas (MPAM) localizada naquele município. Eles participariam de reunião promovida a pedido de grandes empresários e proprietários de loteamentos na região, que são contrários ao projeto de instalação do aterro sanitário do Estado.


De acordo com as denúncias dos moradores e comunitários, a proibição do acesso às instalações do órgão público foi motivada por seu posicionamento favorável ao projeto – o primeiro que irá funcionar totalmente segundo as normas ambientais e de segurança determinadas pela legislação e entidades fiscalizadoras do setor.

“Esses empresários, muitos deles donos de loteamentos residenciais irregulares, só estão interessados em seus negócios e esquecem que Iranduba precisa resolver o problema do lixo no município até 2024, quando é o prazo final segundo lei federal”, afirmou um comerciante local que pediu para não divulgar seu nome.

O município de Iranduba está próximo a ser o único da região Norte a ter um aterro sanitário, atendendo todas as normas e regulamentos para descarte e destinação correta de resíduos. O projeto é da Norte Ambiental que foi apresentado em audiência pública, no último dia 27 de novembro, com participação de todos os setores da sociedade.

“Os lixões são depósitos a céu aberto onde são jogados e amontoados os resíduos de todos os tipos sem nenhum tratamento adequado e sem critério sanitário de proteção ao meio ambiente. Isso, Iranduba já tem e está lutando contra. Por outro lado, no projeto da Norte Ambiental, os resíduos serão depositados em solos preparados para este fim, com impermeabilização, nivelamento e selados. Os resíduos recebem tratamento antes e não ficam a céu aberto, evitando a contaminação do ar e atrair animais que podem transmitir doenças”, acrescentou o professor e doutor em Ciências da Engenharia Ambiental, Carlos Freitas.

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