Por que os jovens têm dificuldade para se inserir no mercado de trabalho?

Foto: Freepik

Os números não mentem: os jovens brasileiros, especialmente aqueles com idades entre 14 e 24 anos, enfrentam uma batalha árdua quando o assunto é ingressar no mercado de trabalho. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2023, essa faixa etária representa o maior contingente de desempregados no país. Enquanto os jovens entre 14 e 17 anos lideram o ranking, com 28% desempregados, aqueles entre 18 e 24 anos ocupam o segundo lugar, com 15,3%.


A dificuldade de inserção no mercado de trabalho é um tema que vem ganhando cada vez mais destaque, e as razões por trás desse cenário são diversas. Uma das principais explicações reside na falta de experiência profissional, um requisito muitas vezes exigido pelos empregadores. Além disso, a ausência de formações profissionalizantes também pode ser um obstáculo significativo.

“Em muitos casos, a falta de experiência prévia dificulta a competitividade dos jovens em comparação com candidatos mais experientes. A falta de conexões profissionais e networking também pode limitar suas oportunidades. A demanda por habilidades específicas é outro desafio, especialmente se os jovens não tiverem acesso à educação ou treinamento adequados”, analisa Danielle Barbosa, coordenadora da Agência de Estágios do Centro de Ensino Técnico (Centec).

Para enfrentar esse cenário, instituições como o Centec têm desempenhado um papel crucial ao oferecer mais de 30 formações profissionalizantes, incluindo cursos técnicos, auxiliares e de especialização. “Entendemos que uma boa formação é essencial para que esses jovens se destaquem em processos seletivos e consigam ingressar no mercado de trabalho”, destaca Danielle.

Um estudo realizado pela Fundação Roberto Marinho e parceiros revelou que seis em cada dez empresas consideram um curso técnico como um diferencial na seleção de jovens candidatos. Além disso, quase metade dos jovens com formação técnica permanece na empresa e avança em suas carreiras.

“A formação em cursos técnicos pode ser concluída em um período relativamente curto, o que ajuda os jovens a obterem seu diploma mais rapidamente. Além disso, o ambiente educacional funciona como uma ponte entre o estudante e o mercado de trabalho, proporcionando oportunidades de estágio e interação com profissionais da área”, acrescenta Danielle.

Viviane Melo, coordenadora do eixo de gestão e negócios do Centec, destaca a importância de os jovens identificarem suas áreas de interesse e se dedicarem ao aprendizado prático. “Encontrar um emprego pode levar tempo e requer persistência. Mantenha uma atitude positiva, mesmo diante de rejeições, e continue aprimorando suas habilidades e expandindo sua rede de contatos. Eventualmente, você conseguirá”, aconselha Viviane.

Diante dessas orientações e do compromisso de instituições educacionais em preparar os jovens para o mercado de trabalho, espera-se que a próxima geração possa enfrentar esses desafios com determinação e sucesso.

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