Professores recebem capacitação pedagógica para trabalharem com deficiência visual

Professores da rede pública de ensino e pessoas da comunidade/Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped), a convite da Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino (Seduc), participou, na quinta-feira, 22 de junho, da formatura de 39 alunos do Curso de Braile: Leitura e Escrita, dentre eles professores da rede pública de ensino e pessoas da comunidade. O curso foi ministrado no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento de Pessoas com Deficiência Visual (CAP), que atualmente funciona na Escola Estadual Saldanha Marinho, no Centro, zona sul de Manaus.


O evento também contou com uma grande exposição de livros infantis adaptados confeccionados pelos alunos do curso por meio de materiais reciclados. O destaque ficou por conta dos livros impressos em Braile com texturas e relevos que facilitam a compreensão das histórias.

Professores da rede pública de ensino e pessoas da comunidade/Foto: Divulgação

O sistema Braille é um processo de escrita e leitura baseado em 64 símbolos em relevo, resultantes da combinação de até seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos cada. Pode-se fazer a representação tanto de letras, como algarismos e sinais de pontuação. Ele é utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão, e a leitura é feita da esquerda para a direita, ao toque de uma ou duas mãos ao mesmo tempo.

O código foi criado pelo francês Louis Braille (1809 – 1852), que perdeu a visão aos 3 anos e criou o sistema aos 16. Ele teve o olho perfurado por uma ferramenta na oficina do pai. Após o incidente, o menino teve uma infecção grave, resultando em cegueira nos dois olhos.

Professores da rede pública de ensino e pessoas da comunidade/Foto: Divulgação

A cerimônia de formatura contou com a presença do assessores técnicos da Seped e de um dos membros da Comissão Permanente de Acessibilidade do Estado, Carlos Pereira, que, na oportunidade, parabenizou a turma pelo brilhante trabalho desenvolvido ao longo do curso. “Essa turma está de parabéns pelos belos trabalhos expostos aqui. Mesmo sendo cego total, eu pude contemplar as literaturas, tocá-las, e compreender todas as histórias escritas em Braile, além de poder conhecer mais as texturas de alguns objetos como: espumas, peças ásperas e formas diferentes” disse Carlos.

 

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