Proposta prevê acompanhamento permanente às vítimas de estupro

Vereadora Jacquline propões criação de programa permanente/Foto: Arquivo

A presidente da Comissão da Comissão de Defesa e Proteção dos Direitos da Mulher (COMDPDM), da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereadora Professora Jacqueline, protocolou uma indicação ao Município e ao Governo, propondo a criação de um programa de atendimento permanente às mulheres vítimas de estupro.
A necessidade veio à tona após famílias das vítimas procurarem a Comissão da CMM sobre informações de atendimento para as mulheres vítimas de agressão. Informações divulgadas na imprensa  com base no Portal da Transparência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) apontou que, em média, dois boletins de estupros são registrados por dia em Manaus, sendo que a maioria das vítimas é formada por menores de 18 anos.


“Temos informações que já existem serviços de atendimento da prefeitura e do  Estado para essas vítimas, contudo ele não é perene. E nossa ideia é que esse acompanhamento seja contínuo e permanente, de acordo com a necessidade de quem sofreu a violência. Mas sabemos que nenhum tipo de tratamento apaga esse  trauma na vida dessas mulheres, principalmente, as crianças. Por outro lado, precisamos criar na sociedade uma verdadeira rede de proteção a essas pessoas para que elas possam retomar suas vidas”, argumentou Jacqueline.

A ideia da proposta, de acordo com ela, é criar equipes multidisciplinares fixas na base das secretarias de Assistência Social ou de Saúde, formadas por psicólogos, assistentes sociais e também ginecologistas para acompanhar as vítimas que passaram por esse tipo de agressão por pelo menos seis meses, podendo se estender por tempo indeterminado dependendo da necessidade apresentada pela própria paciente.

“Muitas vítimas acabam entrando em depressão, tendo dificuldades para retornar ao trabalho, à escola e até ao convívio social, prejudicando para sempre seus destinos. Isso é muito sério. Precisamos mobilizar a sociedade para que esses criminosos não fiquem impunes e para que as vítimas não sofram para sempre com o trauma”, concluiu Jacqueline.

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