Você, eleitor, já conhece os bens declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo seu candidato a prefeito?
Pela declaração do patrimônio, que vai desde imóveis, carros, investimentos e dinheiro em espécie, dá para se ter uma ideia se os valores são compatíveis com os bens patrimoniais e propriedade revelados pelo seu futuro prefeito.
Não vou fazer um comparativo com os bens declarados nas últimas eleições, mas apenas postar os valores mencionados e enumerar alguns bens que se supunha incompatíveis com os valores a eles atribuídos.
Dos 7 candidatos com candidaturas deferidas, conforme informações do TSE, o total dos bens somam R$ 3.221.000,00.
O candidato amarrado a recurso de impugnação de registro de candidatura, Wilton Santos (PSDB), declarou que tem R$ 204.478,00. Os candidatos que demonstraram ter melhor poder aquisitivo são: Ivo Almeida, do PMDB (R$ 1.130.000,00) e Daílson Correa, do PRP (1.390.000,00), enquanto Baliza (PPS), Lindinalva (PP), Everaldo (PTB) e Kleber (Rede) ficaram na média de cerca de R$ 175.000,00.
Já Frederico Junior (Pros) não teve nada a declarar, ou seja, nada tem de bens materiais na vida.
A compatibilidade dos valores atribuídos ao patrimônio é importante para a avaliação do eleitor. Como exemplo, Kleber Bechara declarou que seu veículo de marca Focus 2.0, da Ford, está em orçado em R$ 60 mil, bem compatível com o valor de R$ 69.108,00 estipulado pela tabela Fipe.
Já Wilton Santos afirma que tem um apartamento de cobertura no Vieiralves no valor de R$ 60 mil, mas que o preço de mercado pode alcançar R$ 500 mil; tem um apartamento no Edifício Luxor no valor de R$ 60 mil, mas o valor de mercado pode chegar a R$ 350 mil, e um apartamento no Jardim Eucaliptos no valor de R$ 20 mil, mas aos preços de mercado pode ultrapassar os R$ 170 mil.
O empresário Frederico Junior não declarou absolutamente nada, nem a casa onde mora; o candidato Everaldo Oliveira informou ser proprietário somente de um terreno na rodovia AM- 352 no valor de R$ 108 mil.
*Garcia Neto é professor e jornalista