A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) está parada à espera do novo superintendente. Os departamentos estão fazendo o trivial com o superintendente em exercício e os adjuntos apenas mantendo a rotina sem tomar nenhuma decisão de cunho maior até o dia 05 de março, quando a autarquia inicia uma revisão crítica com a sociedade para avaliar o modelo ZFM, o que foi positivo, o que não deu certo, a interiorização do crescimento econômico e os principais problemas logísticos.
Enquanto o novo superintendente não for nomeado, a autarquia vai funcionar a passos de tartaruga e já contando com a vinda do ministro Armando Monteiro, do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio – MDIC, que deve confirmar em sua agenda, a presença na primeira reunião do Conselho de Administração da Superintendência (CAS), possivelmente na primeira quinzena de março, quando, também, deve empossar o novo superintendente da Suframa.
Essa foi a avaliação de um graduado da Suframa, que pediu para ter seu nome preservado. Nos bastidores e em uma linha direta com o Planalto, as negociações em torno do nome da ex-deputada federal Rebecca Garcia (PP) continuam a todo vapor.
De acordo com o presidente nacional do Partido Progressista (PP), Ciro Nogueira, a indicação de Rebecca para a direção da Suframa será uma compensação pela perda do Ministério das Cidades. É certo que ganhou o Ministério da Integração, mas não com o mesmo nível de importância e orçamento. A conversa foi confirmada pela própria Rebecca Garcia.
Em uma agenda com a presidente Dilma Rousseff, Ciro teria sugerido a ela, além do Ministério da Integração, também fosse dado ao PP uma autarquia de peso. Veio a proposta de ficar com a Sudam, que hoje tem sua sede em Belém do Pará ou a Suframa com sede no Amazonas.
Se Rebecca assumisse a Sudam, teria que morar em Belém, atuar por lá e estaria distanciada da sua base política. Se ela resolvesse trazer a Sudam para o Amazonas, estaria travada uma luta política sem precedentes com os irmãos paraenses.
Tanto Ciro quanto a ex-deputada Rebecca Garcia optaram pelo mais cômodo. A Suframa reúne todos os requisitos necessários ao presidente do PP, que enfrentou feras na jaula do leão para manter o apoio à presidente Dilma nas eleições presidenciais de 2014.
Conversando com a deputada Rebecca Garcia, ela disse que “ficou sabendo da sua indicação pelo Correio do Amazonas”. Talvez. Entretanto, sustentou as articulações feitas pelo presidente do PP Nacional e a sua intenção de ter uma das duas superintendências, Sudam ou a Suframa, no barco do partido.
O caminho está aberto. Tudo indica para o nome de Rebecca Garcia na direção da Suframa, já na primeira quinzena de março. Mas há indícios de outros nomes virem pontuar a lista de intencionados ao cargo. O atual chefe interino da Suframa Gustavo Adolfo Igrejas Filgueiras estaria se apegando com dirigentes da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam). Inclusive com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, intercedendo por ele junto ao ministro Armando Monteiro do MDIC. Mas, nada além disso.
Quem também andou com a intenção de “azedar o leite” de Rebecca Garcia foi o secretário de Planejamento do Estado, Airton Ângelo Claudino, mas fontes da própria Seplan, afirmam que ele vai mesmo é para a superintendência adjunta de Planejamento da Suframa, no lugar do recém exonerado José Nagib da Silva Lima.
Com o caminho aberto e os concorrentes sendo abatidos na base dos argumentos do presidente do PP Nacional, Rebecca Garcia tem, realmente, 98% de chances de ser a segunda mulher a assumir a direção da Superintendência da Zona Franca de Manaus (ZFM), nos próximos dias.
(Com colaboração de Carlos Melchizedek)
