RO: Pedreiro que furtou crânio de cemitério, diz estar arrependido

Pedreiro José Nilton/Foto: Eliete Marques
Pedreiro José Nilton/Foto: Eliete Marques
Pedreiro José Nilton/Foto: Eliete Marques

O pedreiro José Nilton, de 57 anos, afirma que está arrependido de ter furtado um crânio do Cemitério Municipal do Vale do Anari (RO), em agosto deste ano.

Ele conta que um homem ofereceu R$ 1,5 mil pela cabeça e alegou que era estudante de medicina. O pedreiro explica que estava precisando de dinheiro, aceitou a proposta e cavou o túmulo da idosa Maria Carvalho da Costa, de 86 anos, enterrada 18 dias antes. A Polícia Civil (PC) investiga o caso.


O pedreiro trabalhava como autônomo, e construía sepulturas no cemitério. Ele foi preso, indiciado por subtração de cadáver e aguarda a conclusão do inquérito em liberdade. José diz que o homem só pagou R$ 500 do acertado. “Estava sem dinheiro, passando precisão e arrisquei. Mas me arrependi muito. Nunca tive problemas com justiça. Agora é pedir perdão para Deus e esperar as investigações acabarem”, lamenta.

O neto da idosa Maria, José Roberto do Nascimento de 35 anos, fala que a família está aguardando respostas sobre o caso, pois ainda não entendem as motivações para o crime. José Roberto conta que a mãe, filha da idosa, ficou doente após saber do furto do crânio. “Nunca vi uma coisa destas acontecer. Depois de sofrer tanto, a gente imaginava que ela iria descansar e acontece uma coisa destas; é muita falta de respeito. A gente fica indignado e triste”, enfatiza.

Reviravolta no caso

Durante as investigações a PC chegou até o homem que fez a encomenda, e ele teria dado a localização do crânio. Com a informação, a equipe de investigação foi até o local e encontrou o crânio num terreiro de candomblé, em Ariquemes (RO), dentro de uma caixa de papelão.

O pai de santo Samud Dell Habib falou ao G1 quinta-feira (25) e enfatizou que o terreiro de candomblé somente realiza trabalhos com animais e jamais com seres humanos. Samud explica que o homem que encomendou o crânio frequentou o terreiro com a mulher, durante anos. O casal também teria um terreiro.

“Tenho certeza que eles [casal] queriam incriminar o terreiro. O terreiro existe aqui [Ariquemes] há 26 anos e nunca tivemos problemas. Nunca iria sujar o nome de meu pai, dos nossos filhos de santo, das pessoas que frequentam nossa casa por causa disso. Não temos nenhum envolvimento com este crânio”, ressaltou.

O homem que fez a encomenda da cabeça humana confessou que mentiu para o pedreiro, quando disse que era estudante de medicina, mas a PC ainda está averiguando as motivações do crime.

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