Rodovia Transpantaneira antes e depois dos incêndios no Pantanal

Foto: Reprodução

Fotos feitas antes e depois das queimadas no Pantanal de Mato Grosso mostram a devastação no entorno da Rodovia Transpantaneira, que liga o município de Poconé, a 104 km de Cuiabá, a Porto Jofre, na divisa com Mato Grosso do Sul. Incêndios destroem o bioma há 3 meses, provocando alertas climáticos, a morte de animais e a retirada de indígenas de seus territórios.


A Transpantaneira foi tem 150 km de extensão e é conhecida por ser um atrativo turístico da região. Ela cruza a maior planície alagável do planeta.

As imagens feitas antes das queimadas, na época das chuvas, mostram a biodiversidade da região. Agora, a paisagem é de deserto, com a mata em cinzas. Uma das áreas atingidas, no Parque Estadual Encontro das Águas, perdeu 85% da cobertura vegetal.

Segundo o Instituto Centro Vida (ICV), ao todo, os incêndios já destruíram uma área de 92 mil hectares do parque, que tem 108 mil hectares.

Foto: Reprodução

Onças-pintadas

O Parque Estadual Encontro das Águas é conhecido por deter a maior concentração de onças-pintadas do mundo. Turistas de todo o mundo vão ao local fazer observação de onças-pintadas a bordo de barcos.
De acordo com análise do ICV, as onças-pintadas, que já são ameaçadas de extinção, agora também são ameaçadas pelas queimadas.

Em um vídeo divulgado pelo instituto, é possível ver como as áreas da reserva estão sendo afetadas pelos incêndios.

Destruição

Dados do Prevfogo, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos incêndios florestais do Ibama, em 2020 mostram que a área queimada no Pantanal já passou de 2,3 milhões de hectares, sendo 1,2 milhão em Mato Grosso e mais de 1 milhão em Mato Grosso do Sul.

Essa área de mais de 2 milhões representa quase 10 vezes o tamanho das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro juntas.

Nesta semana o governo decretou situação de emergência em Mato Grosso. O decreto irá valer por 90 dias, podendo ser prorrogado. O governo federal prometeu liberou nesta terça-feira (15) recursos para combate às chamas no estado e no Mato Grosso do Sul.

As queimadas aumentaram no Pantanal a partir de julho, quando a estiagem ficou ainda mais intensa. Os dias estão tão secos que o clima fica parecido ao de um deserto, com umidade abaixo dos 10%. Porém, o clima não é o único problema – a polícia apura indícios de que queimadas criminosas ocorram na região para liberar as áreas para pastagem.

Fonte: G1

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