Santos cobra R$ 238 milhões de Neymar e suspensão de seis meses

Neymar com Messi, em 2011 no Mundial de clubes/Foto: Getty Images

Dando continuidade ao processo impetrado contra Neymar e a empresa do jogador, a Neymar Sports e Marketing Ltda, comandada por seu pai, o Santos Futebol Clube reforçou alguns pedidos do processo entregue em maio para ser analisado pelo Comitê de Ética da Fifa. Lutando pelos interesses do clube, como já afirmou em diversas oportunidades, o presidente santista justifica a sanção pelas práticas irregulares durante a transferência do atacante ao Barcelona em 2013.
Em contato com a Gazeta Esportiva , por telefone, o presidente Modesto Roma Jr. confirmou que o processo está em curso, e garantiu que nenhuma alteração foi feita com relação ao pedido registrado no fim de maio. Negando querer fazer qualquer prejuízo a imagem do jogador, Modesto só quer se manter em prol do clube, que se sente lesado pelos valores não declarados na transação de Neymar e pela transferência fora dos moldes.


Encontrando respaldo no documento que regula as transferências internacionais da Fifa, e no Código Disciplinar da entidade, o Santos redigiu o documento com base legal para defender seus direitos e reaver R$ 238,8 milhões. À época da negociação, o Santos fechou o passe de Neymar em 17,1 milhões de euros (cerca de R$ 74,3 mi), com possível compensação de mais 2 milhões de euros por metas atingidas, mas, após as recentes polêmicas envolvendo a Receita espanhola, tomou conhecimento que a negociação beirou os 83,3 milhões de euros (cerca de R$ 361 mi).

Além do impasse com a Justiça espanhola, que indicia não só Neymar e seu pai, mas também Josep Maria Bartomeu, atual presidente do Barcelona, e Sandro Rosell, ex-presidente, o craque da Seleção Brasileira tem encontrado problemas também com o fisco brasileiro. Há algumas semanas, teve R$ 188 milhões bloqueados pela receita, além da história envolvendo seu Porsche, que segue apreendido por conta de problemas com a importação.

O texto, além de acusar Neymar de violar uma série de regimentos da Fifa, seja com relação às contratações ou à declaração dos valores, cita um ato de “má fé” do jogador. Além de pedir sanção de seis meses, segundo próprio método coercitivo da Fifa, o Santos sugere também o bloqueio e o confisco de todos os bens advindos dos ganhos mal declarados e sob investigação, agindo, assim, tanto em esfera desportiva quanto cível.

Em depoimento ao UOL Esporte, o empresário de Neymar, Wagner Ribeiro, que participou das negociações, negou a falta de anuência do Santos em negociar o prodígio da base. De acordo com o cartola, a punição sugerida pelo clube da Vila não pode ser levada a sério. “É absurdo o que estão fazendo. É inconstitucional proibir um trabalhador de executar suas funções. Não faz sentido. Não me preocupo com isso, e creio que Neymar também não. Vou me reunir com o pai do Neymar e o jurídico para analisar como agir”, declarou. (Terra/Gazeta)

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