
A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) vai realizar, amanhã, segunda-feira (21), uma programação voltada ao Dia Internacional contra a Discriminação Racial, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU). Será uma tarde reflexiva, das 14h00 às 18h00, no Centro Estadual de Referência em Direitos Humanos “Adamor Guedes”, na rua Major Gabriel, no bairro Praça 14 de Janeiro.
A agenda inclui uma exposição fotográfica sobre religiões afrodescentes, intitulada “Meu Povo, Uma Fé” do fotógrafo, Luiz Felipe; exibição do filme “Sarafina: O Som da Liberdade”, dirigido por Darrel James Roodt e estrelado pela atriz Woopi Goldberg. O enredo se passa na África do Sul de 1970, durante o Apartheid e conta a história da estudante negra Sarafina, que só quer saber de namorar, porém, depois de vários desdobramentos, adquire uma consciência política sobre a realidade em que a comunidade negra está passando na época.
Após o filme, acontece uma roda de conversa sobre a situação do negro nos tempos atuais, utilizando a obra cinematográfica como subsídio, em relação aos direitos e a consciência da população negra no Brasil. “Será um momento reflexivo, onde os participantes poderão externar suas impressões sobre o tema e sugerir meios para conscientizarmos a sociedade sobre a questão do racismo, no que diz respeito ao combate à discriminação racial e ao respeito a negritude”, explica a secretária da Sejusc, Graça Prola.
História – A data faz referência ao Massacre de Sharpeville, na província de Gauteng, na África do Sul, no dia 21 de Março de 1960. Durante o Congresso Pan Africano (PAC), uma das pautas era a Lei do Passe, que obrigava os negros da África do Sul a usarem uma caderneta na qual estava escrito aonde poderiam ir. Nesse dia, cerca de 20 mil manifestantes reuniram-se em Sharpeville para protestar. O ato foi reprimido pela polícia sul-africana, com armas de fogo, provocando a morte de 69 pessoas e ferindo cerca de 180.