Sobe 2,1 pontos a confiança da construção civil em maio, diz FGV

Confiança da construção sobe, em maio/Foto: Divulgação

O Índice de Confiança da Construção (ICST) avançou 2,1 pontos em maio, na comparação com abril, para 69,1 pontos, na série com ajustes sazonais, conforme divulgou, agora pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), sendo esse o maior nível do indicador desde dezembro de 2015, quando ficou em 69,4 pontos.


Com o resultado, a média móvel trimestral do índice cresceu 0,8 ponto na margem, interrompendo a sequência de 29 quedas consecutivas desde dezembro de 2013 nesta forma de avaliação. A coleta de dados foi realizada entre 1 e 23 de maio, intervalo no qual ocorreu o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com a coordenadora de projetos da construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Ana Maria Castelo, o aumento da confiança mostrou-se mais robusto e disseminado no setor. “Em todos os segmentos cresceu a percepção de que o ritmo de queda da demanda deve desacelerar no curto prazo, alimentando a confiança empresarial. No entanto, as dificuldades do atual cenário econômico e político sugerem que é um tempo muito curto para que, de fato, ocorra esta reversão”, observou.

Em maio, a alta do índice decorreu da melhora da percepção do empresariado em relação à situação futura dos negócios. O Índice de Expectativas (IE) avançou 5,7 pontos, para 77,9 pontos. O resultado do IE refletiu principalmente a alta do indicador que mede a demanda prevista para os próximos três meses, com variação positiva de 5,9 pontos.

O Índice da Situação Atual (ISA), por outro lado, manteve a tendência observada desde janeiro de 2016. O indicador recuou 1,5 ponto, alcançando novo piso histórico aos 60,9 pontos. O destaque de baixa é o componente que capta a percepção em relação à situação atual dos negócios, que apresentou baixa de 3,5 pontos ante o mês anterior.

Na opinião da pesquisadora, os empresários se tornaram menos pessimistas quanto ao futuro próximo, embora a atividade continue em declínio. “No entanto, se o investimento em infraestrutura e no mercado habitacional não voltar a se expandir, o indicador de expectativas não deve sustentar a melhora dos últimos meses”, disse.(Terra/IstoÉ)

Artigo anteriorTransexual crucificada na parada de SP participará da série ‘Sense8’
Próximo artigoVacinação contra Influenza atinge meta do MS no Amazonas, anuncia Susam

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui