STF nega pedido de liberdade à irmã de Aécio Neves, por 3 a 2

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Andrea Neves foi presa em maio, em BH/Foto: Reprodução

O pedido de liberdade da defesa de Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), foi negado hoje, terça-feira (13), pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Andrea Neves foi presa em Belo Horizonte , por determinação do ministro Edson Fachin, no mês passado, durante uma operação da Polícia Federal, deflagrada a partir das delações da JBS.


O colegiado julgou um recurso apresentado pela defesa de Andrea. Por 3 votos a 2, a Turma seguiu o voto divergente do ministro Luís Roberto Barroso, que se manifestou pela manutenção da prisão da irmã de Aécio Neves .

Segundo o ministro, mesmo com a apresentação de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Andrea deve continuar presa porque outros fatos supostamente criminosos estão sendo apurados na investigação da JBS, que ainda está em andamento. O entendimento foi acompanhado pelos ministros Rosa Weber e Luiz Fux. A Turma é composta por cinco ministros.

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Andrea Neves foi presa em maio, em BH/Foto: Reprodução

O relator do pedido de liberdade, ministro Marco Aurélio, e Alexandre de Moraes foram vencidos. De acordo com o relator, a prisão preventiva não pode ser mantida apenas pela suposição da PGR de que Andrea poderia interferir nas investigações. Além disso, o ministro levou em conta que ela é ré primária e não possui antecedentes criminais.

Sem contestar o mérito das acusações, a defesa de Andrea pediu, durante o julgamento, a substituição da prisão por medidas cautelares. Segundo os advogados, Andrea já foi denunciada pela PGR, e, por isso, não há necessidade da manutenção da prisão para garantir o andamento das investigações, conforme sustenta a procuradoria.
Investigação

Na investigação que foi aberta no STF, a irmã do senador é acusada de intermediar o pagamento de R$ 2 milhões pelo empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS. Em depoimento de delação, o empresário também afirmou que Andrea teria solicitado R$ 40 milhões para a compra de um apartamento.

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Andrea e Frederico de Medeiros devem ser considerados protagonistas nos delitos do senador afastado. “A relação espúria que os une é muito anterior ao episódio mais recente de corrupção, e as provas colhidas demonstram que há um risco concreto de que, caso não sejam mantidos presos, reiterem nas graves condutas delitivas e possam destruir eventuais provas existentes em relação aos fatos ilícitos envolvendo Aécio Neves e ainda não totalmente esclarecidos”.(iG)

 

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