Na manhã desta sexta-feira, dia 10, a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), falou durante coletiva de imprensa realizada às 9h30, no prédio da Delegacia Geral, sobre o cumprimento de mandado de prisão temporária por estupro de vulnerável em nome de Jacson Barros de Souza, 38. O homem é apontado como autor de abusos sexuais tendo como vítima duas meninas, sendo uma de 9 anos e outra de 11 anos, e uma adolescente de 13 anos.
Conforme a titular da Depca, o infrator foi preso pela equipe de investigação da Depca na manhã de quinta-feira, dia 9, por volta das 7h30, na casa onde ele morava, situada no bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste da capital. Na ocasião da prisão de Jacson, a equipe da especializada cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência dele. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos no dia 7 de novembro deste ano, pela juíza Bárbara de Araújo Folha dela, no Plantão Criminal.
A delegada explicou que as investigações iniciaram após uma denúncia formalizada na especializada no dia 29 de maio deste ano, onde o noticiante relatou que havia recebido um vídeo contendo imagens de um homem cometendo estupro contra a menina de 11 anos, na piscina de um apartamento que fica na cobertura de condomínio de luxo, localizado no bairro Dom Pedro.
A delegada informou que em 2014 o infrator havia trabalhado naquele condomínio como auxiliar de serviços gerais. Em maio deste ano, Jacson foi contratado pelo proprietário de um dos apartamentos do prédio para fazer a limpeza da piscina do imóvel. Segundo Tuma, Jacson cometeu estupro de vulnerável com outras duas meninas, sendo uma criança de 9 anos e uma adolescente de 13 anos.
A titular da Depca ressaltou que o infrator não tem nenhum grau de parentesco com as vítimas. Durante depoimento na especializada a menina de 11 anos relatou que os abusos contra ela iniciaram quando ela tinha 10 anos. As outras duas vítimas confirmaram os abusos cometidos por Jacson. As três meninas disseram, ainda, que os estupros ocorriam não só na piscina onde ele fazia limpeza, mas também na casa de Jacson.
“Estamos investigando o Jacson desde maio deste ano. As provas contra ele são irrefutáveis, até porque o vídeo fala por si. É importante que se diga, que a verbalização das vítimas, que foi feita na Depca, coloca que o perigo está mais perto do que podemos imaginar. Em relação à vítima de 9 anos, ele tinha prometido para os pais da menina ser padrinho dela, então por isso a mãe confiava tanto nele. Ele tinha acesso livre a essas crianças, as levava para lanchar e para passeios em shoppings. Essas crianças têm situação financeira menos favorecida, por isso Jacson se aproveitava disso para dar presentes e acabava seduzindo não só aquela vítima, mas também a família delas”, disse Juliana Tuma.
Ele recrutavas as vítimas para participar de ações em uma igreja católica, e assim ganhava a confiança dos familiares das vítimas, chegando a convencê-los a permitir que elas pudessem sair com ele.
“Jacson capitava essas crianças e adolescentes para participar de uma igreja, com isso ele acabava conquistando a confiança da mãe delas. Dava presentes caros e dizia às mães que essas crianças seriam coroinhas na igreja. Vale ressaltar que ele não representa nada para qualquer igreja, ele usava desse artificio para conquistar a confiança das famílias das vítimas. Estamos apresentando esse caso, para que caso haja novas vítimas que procurem a Depca, para que se possa formalizar o procedimento. O nosso interesse é a proteção das crianças e da adolescente, mas também a responsabilização criminal do infrator”, declarou Juliana Tuma.
Durante busca na residência do infrator foram apreendidos uma filmadora e vários materiais de mídias que serão encaminhados para a perícia analisar se há algo para ser acrescentado na investigação. Jacson foi indiciado por três estupros de vulnerável. Ao término dos procedimentos cabíveis na delegacia, o infrator será levado para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde irá permanecer à disposição da Justiça.
Foi aqui no meu condomínio eu sabia q conhecia esse cara de algum lugar