
Não bastasse a denúncia da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao Supremo Tribunal Federal pedindo a condenação do deputado Silas Câmara (PRB-AM), presidente da bancada evangélica na Câmara, em razão de acusação de peculato na apropriação de salários de seus servidores que somam R$ 145 mil e nomeação de funcionários fantasmas, em abril desse ano.
Agora o deputado é apontado como integrante de uma suposta ‘bancada da Cela”, um grupo de parlamentares beneficiários de recursos de empresas administradoras de presídios no País. Ou seja, a ‘galinha dos ovos de ouro’ do deputado, pode ser a empresa de gestão penitenciária Umanizzare que volta e meia aparece no noticiário policial do Estado e do restante do Brasil e, que mantem contrato com os governos desde 2014.
No Amazonas, o deputado Silas Câmara pode ter recebido mais de R$ 1 milhão para a sua campanha das eleições 2018. A notícia estourou junto com o massacre no último final de semana, nos presídios da capital amazonense.

A seguir, reportagem publicada pelo Site Fato Amazônico, do jornalista Elcimar Freitas:
Silas Câmara e família receberam da Umanizzare quase R$ 1 Milhão para financiamento de campanha, diz site
Não é novidade pra ninguém no Amazonas e no restante do país que o deputado Silas Câmara, que é pastor da igreja evangélica, Assembleia de Deus e, de quebra, jornalista profissional, é o principal expoente da chamada “bancada da jaula”, como publicou na quarta-feira, 29, o site Brasil de Fato.
Silas Câmara, conforme ressaltou o site, defende no Congresso Nacional os interesses das empresas que querem atuar no setor, por meio da privatização do sistema penitenciário ou da terceirização das atividades nas unidades prisionais.
E por que o “bom pastor” se tornou amiguinho da “bancada da jaula” em Brasília?
A resposta, claro, é do conhecimento de todos: por quê é rentável, por que a patota atua na gestão dos presídios brasileiros, como a Umanizzare Gestão Prisional e Serviços Ltda., velha conhecida do amazonense, tem cacau, cacife financeiro, dólar, grana no bolso, nos bancos, debaixo do colchão e lugares desconhecidos.
E foi justamente da dona Umanizzare que Silas e família (Antônia Lúcia Câmara (PSC), esposa e Gabriela Ramos Câmara (PSC), filha), faturaram em doações de campanha dos três R$ 750 mil, em 2014.
É ou não é rentável? Dá não dá grana?
A Umanizzare Gestão Prisional e Serviços Ltda., que administra os seis presídios de Manaus Complexo Anísio Jobim (Compaj), Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM1), faturou R$ 836 milhões nos últimos cinco anos em contratos de gestão, pagos com recursos públicos, claro.
Fato Amazônico