Com a chegada do verão e o aumento do risco da dengue e da febre chikungunya, o vereador Ednailson Rozenha (PSDB) protocolou uma indicação ao Executivo Municipal, solicitando a elaboração e execução de um plano de ações preventivas contra a disseminação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das duas doenças, nas escolas da rede municipal de ensino.
Pesquisas apontam que as epidemias de dengue, geralmente, ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. O calor faz o mosquito se reproduzir mais rapidamente, além do mais, nesse período as chuvas são mais frequentes e a água acumulada propicia o ambiente ideal para a proliferação do Aedis aegypti.
“Este ano, o Levantamento do Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) da Prefeitura de Manaus apontou que a capital apresenta Índice Predial de 3,5%, o que representa ‘médio risco’ para a dengue e a febre chikungunya. Como entramos em um período favorável para a disseminação do mosquito transmissoras das duas doenças, acredito que precisamos começar um trabalho de prevenção pelas escolas, por termos um controle maior das localizações, por meio da dedetização e, principalmente, das orientações aos alunos e pais”, explicou o vereador.
A proposta do parlamentar prevê que o município elabore um planejamento de visita e inspeção das escolas, priorizando as unidades com maior número de alunos, com a aplicação de inseticida e eliminação de focos de larvas do mosquito além da distribuição de cartilha sobre os modos de prevenção do mosquito em casa e nas ruas.
“O Brasil enfrenta um aumento sem precedentes dos casos de dengue e Manaus é uma cidade considerada de médio risco, portanto um alerta para que os técnicos de saúde possam trabalhar em ações de prevenção”, ressaltou o vereador, lembrando que a indicação será levada à plenário para a análise dos vereadores e, posteriormente, será encaminhada ao prefeito Arthur Neto (PSDB).
Ontem, uma pesquisa do Ministério da Saúde (MS) apontou que o número de casos de dengue no País este ano, até o dia 28 de março, aumentou 240,1% em relação ao mesmo período de 2014. Até 28 de março, foram registrados 460,5 mil casos, contra 135,3 mil registrados no primeiro trimestre de 2014, conforme balanço divulgado. Na região Norte, foram mais de 19,4 mil casos.
O balanço informa que, até 28 de março, 132 pessoas morreram em decorrência da doença, número 29% maior que o de 2014, quando foram 102 as mortes, no mesmo período. Os casos graves também aumentaram: 235 este ano, o que representa aumento 39,1% na comparação com 2014, quando foram registrados 169, também, até 28 de março.
