Em sua terceira disputa por uma vaga no Senado, Plínio Valério (PSDB) foi eleito 2018, com 25,36% dos votos válidos, a maior votação do estado e, quando todos esperavam uma atuação típica dos ‘psdbistas’, eis que o Amazonas fica surpreso ao ver a terceira vaga de senador sendo utilizada para pequenos comentários de temas inexpressivos ou, seguindo o que os palacianos repetem exaustivamente para convencer a população.
Mais surpresa ainda, ficou a população amazonense diante da recente afirmativa de que o senador vai entrar com uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), para a volta do voto impresso no Brasil.
Com isso, ele segue o discurso de retrocesso e as ideias antiquadas do presidente Jair Bolsonaro e deixa uma dúvida em relação aos parlamentares e executivos do seu partido, inclusive o prefeito Arthur Neto, o governador João Dória, que desaprovam as tentativas de desmonte das instituições nacionais, entre elas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Mas ninguém se lembra de ter visto, nem o Plinio Valério e muito menos o Jair Bolsonaro de reclamarem de urnas eletrônicas nas eleições de 2018, quando eles conseguiram elegerem.
Urnas
As urnas eletrônicas existem desde 1996, quando votos de mais de 32 milhões de brasileiros, um terço do eleitorado da época, foram coletados e totalizados por meio das mais de 70 mil urnas eletrônicas produzidas para aquelas eleições. O Voto impresso anterior a essa época, era dominado pelos coronéis, empresários candidatos dentro dos currais eleitorais onde as urnas eram ‘emprenhadas’ por candidatos oportunistas.
No projeto defendido pelo senador Plínio o cidadão deve receber um comprovante confirmando em qual candidato foi o voto, comenta um cidadão que passou o projeto para ele defender. Ou seja, escancara uma janela para a compra de votos no Brasil, mais ainda, obriga cidadãos a comprovar seu voto aos patrões candidatos ou sujeitar a perder o emprego.
Comprovadamente, a Urna Eletrônica é segura e qualquer tentativa de voltar às urnas transportadas em balsas pelos ‘beiradões’ é descartada veementemente. Todos nós sabemos que elas são passíveis de fraude (lembrem da campanha do professor Marcus Barros – que dormiu senador em 1998 e, acordou derrotado depois de um apagão no ginásio do Sesc onde estavam as urnas com o ‘tal voto impresso’ , que o senador Plínio Valério quer defender).
BR-319
De que lado o Senador está? Pelo visto, não está nem mesmo do lado da reabertura da BR-319 – rodovia federal que liga Manaus a Boa Vista, que ele diz ser sua reivindicação específica.
Todos sabemos que o grande alarde feito pelo presidente Jair Bolsonaro em torno do asfaltamento da BR-319 até o final do Ano e início de 2021, foi um grande engodo e, o senador Plínio Valério estava lá aplaudindo.
A população sabe que 50 Km de asfalto em uma Rodovia de 900 Km não é nada. Pior, o trecho crítico, o ‘Meião’ vai continuar no barro.