Wilker defende mudança de hábito e conscientização para melhorar o meio ambiente

Wilker Barreto com Padre Cunha/Foto: Tiago Correa

O vereador Wilker Barreto (PHS), presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), defendeu, hoje, quarta-feira (09), no Plenário da Casa, uma mudança de hábito e quebra de paradigmas para melhorar o meio ambiente. “Temos moradores que não têm coragem de limpar suas calçadas e capinar, como se isso fosse atribuição somente do poder público. Temos que zelar pelo nosso meio ambiente”, disse ele, durante Sessão Especial sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2016: “Casa comum, nossa responsabilidade”, que traz como lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a Justiça qual riacho que não seca”.
A discussão sobre a campanha da fraternidade ecumênica, que tem como foco o saneamento básico, contou com a presença do padre Charles Cunha da Silva, vice-presidente do Conselho Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)/Amazonas.


O assunto desencadeou o debate dessa problemática que afeta todos os municípios brasileiros. Último orador do evento, Wilker Barreto assegurou que na Câmara Municipal de Manaus questão do meio ambiente é consenso e pauta perene. “É importante uma reflexão sobre o meio ambiente, porque essa questão não se vence só com ação de governo, mas principalmente com conscientização”, disse ele, ao afirmar que o poder público gasta muito dinheiro para tirar o lixo dos igarapés. “E quem joga o lixo nas ruas é a própria população”.

Segundo o presidente, último estudo das empresas de saneamento, calcula que no ritmo de investimento que temos hoje, o Brasil precisa de 50 anos para acabar com a problemática de saneamento, o que custaria algo em torno de R$ 40 bilhões. Para ele, os municípios pequenos têm chance nenhuma de fazer investimentos em saneamento básico sem aporte de recursos do Governo Federal. “Qual é a chance de um município pequeno como Apuí, por exemplo, sem aporte dos governos federal e estadual fazer saneamento básico com apenas os recursos próprios? Nenhuma. De forma clara o Governo Federal não trata a questão do saneamento básico como política pública prioritária”, acrescentou.

É por isso, como expressa, que a conscientização da população é importante nesse processo. “Quem ainda não viu alguém jogando lixo da janela para o igarapé?”, disse ele, ao assegurar que não precisamos de mais leis e sim de mudança de hábito, do macro ao micro. “Temos que zelar pela nossa cidade e zelar pelo meio ambiente. Manaus é uma das poucas capitais com coleta diária de lixo. Existem falhas, pois são 15 mil ruas, mas tem gente que sabe o horário da coleta de lixo, mas coloca após a passagem do coletor, sabendo que o lixo vai ficar na rua mais de 12 horas”, argumentou.

Wilker destacou, também, que Manaus é uma cidade que chove muito e se não colocarmos o lixo no recipiente correto vai tudo para o igarapé ou bueiro. “Temos que mudar e a Campanha da Fraternidade nos traz para essa reflexão a respeito do saneamento básico”, assegurou.

O presidente manifestou-se, ainda, contrário ao plebiscito proposto pela oposição para consultar a população sobre a permanência da concessionária de água Manaus Ambiental na prestação desse serviço ao município. Para ele, a população não se nega pagar pela água, desde que seja um preço justo e ela chegue às torneiras. “A Manaus Ambiental tem metas a cumprir e deve sim, vir prestar esclarecimentos trimestralmente a essa Casa”, ressalvou.

Wilker acrescentou que o  Poder Legislativo Municipal faz o seu papel e será a primeira Câmara do Brasil a ter a certificação da ISO 14.001, o Selo Verde. “Vamos reduzir o uso do papel e fazer o reaproveitamento da água. Estamos implantando a coleta seletiva. Mas isso só será possível com a participação de todos”, disse.

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