Zona Azul: Se não deu certo com o Alfredo, vai dar com o Arthur?

Para estacionar no Centro de Manaus,  a situação está cada vez mais complicada.
Para estacionar no Centro de Manaus, a situação está cada vez mais complicada.

Acredito que a ideia de jerico de reimplantar o Projeto Linha Azul seja uma questão de foro íntimo, de birra. Comprovadamente, a população manauara foi testemunha de que os corredores exclusivos para os ônibus articulados não deram certo na administração do prefeito Alfredo Nascimento e foram descontinuados nas seguintes.


O que, efetivamente, mudou para dar certo no governo do prefeito Arthur Neto? O legado foi um monte de ferro velho, descaracterizado ao relento e aos olhos incrédulos dos usuários de transportes coletivos e serviu, por doze anos (leia-se Alfredo, Serafim e Amazonino), de folgança para os turistas. Até hoje lembro as gargalhadas de um amigo baiano, o Carlos Amorim, quando de passagem por Manaus, viu essas ‘paradas do extresso’ (como ficou batizado) com o zinco da cobertura dançando sob a brisa que beija o solo e balança a poeira da capital da Zona – literalmente – Franca. Quem pagou essa conta de R$ 200 milhões, gastos à época?

O Zona Azul, em fase implantação, vai beneficiar cerca de 200 ônibus articulados, em detrimento ao restante da frota. Quando Alfredo foi prefeito, existiam 350 mil veículos circulando pelas nossas ruas, hoje são mais de 620 mil. Os “engenheiros” que cuidam do trânsito, em Manaus, me parecem que estão trabalhando contra o prefeito Arthur Neto. Estão acabando com os estacionamentos em alguns pontos da cidade, onde não há gargalos. Na Coronel Salgado, por exemplo, uma rua bastante larga, onde funciona a feira do bairro de Aparecida, às terça feiras, os “ditos cujos” obrigaram os moradores a estacionarem seus carros em fila indiana, diminuindo o número de vagas. Haja multas para quem estacionar seu carro ‘inclinado’, como na maioria dos estacionamentos, que é até melhor para se fazer a manobra. Eu pensava que os guardas de trânsito serviam, também, para orientar os motoristas.

Em outras ruas, do centro da cidade, livres de congestionamentos, colocaram placas de ‘proibido estacionar’. Uma prova de que estão bloqueando vagas de estacionamentos e não estão dando alternativas aos motoristas. Não estão criando e nem construindo nada, pelo contrário, estão praticando um ranço contra a classe média que não tem o direito de possuir veículo. Verdadeiro absurdo!

Esses “engenheiros” deveriam estar preocupados em fazer projetos e buscar recursos para a construção estacionamentos públicos, de passagens de nível e viadutos em cruzamentos como nas ruas João Valério e Rua Pará, com a Constantino Nery e Djalma Batista; Avenida Brasil com a Padre Agostinho Caballero Martin; Bola do Eldorado; e André Araújo com Paraíba, só para citar alguns gargalos.

Penso que o prefeito Arthur Neto, ao ressuscitar Alfredo, foi envolvido por um raciocínio errôneo, com aparência de verdadeiro, de alguém com uma grandessíssima lábia. Agora Alfredo já tem uma obra, quase concluída, para lhe servir de palanque. Eis a questão. (Roberto Pacheco – MTb 426).

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