05 de novembro: Dia da Cultura Nacional

Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

Raimunda Gil Schaeken


A data do nascimento de Rui Barbosa de Oliveira, 5 de novembro de 1849, foi consagrada como “Dia da Cultura Nacional”, justa homenagem a um homem que pelo seu saber, pela sua inteligência foi um exemplo para a cultura brasileira.  Além dessa homenagem, após sua morte, a casa em que residiu, no Rio de Janeiro, com a biblioteca de 35.000 volumes, foi transformada em museu pelo governo com o nome “Casa de Rui Barbosa”. Os seus restos mortais estão no Palácio da Justiça, em Salvador, que recebeu o nome de “Fórum Rui Barbosa”.
Chamamos de cultura o conjunto de criações do homem, desde que ele surgiu na face da Terra. As pinturas feitas nas cavernas em épocas pré-históricas, as músicas de que você gosta, as histórias que você lê, os foguetes espaciais, tudo isso foi feito pelo homem e faz parte, portanto, da cultura.

A cultura é transmitida principalmente através da palavra falada e escrita; daí a importância dos livros. Os livros nos permitem conhecer poesias e literatura, acontecimentos passados e presentes; nos informam sobre o que ocorre na atualidade, aumentam nossa curiosidade e interesse por tudo o que nos rodeia; de certa maneira, nos formam e preparam para a vida.

As experiências que o povo vai juntando ao longo do tempo enriquecem seus costumes, seu trabalho e sua imaginação. Surge, então, uma forma de se expressar, de dizer e de sentir as coisas, muito rica e muito bonita, que os livros não ensinam e que só se aprende na vida de cada dia. Tudo isso faz parte do que se chama cultura de um povo.

A língua, o vestuário, a comida, a religião, fazem com que uma determinada sociedade permaneça fiel às suas raízes, distinguindo-se de outras sociedades.

Compete à geração presente preservar e aumentar o patrimônio cultural recebido dos antepassados e transmiti-lo às gerações futuras.

Rui Barbosa destacou-se na vida pública nacional: foi parlamentar, ministro da Fazenda, por duas vezes candidato à presidência da República. Participou, como sócio-fundador, da Academia Brasileira de Letras. Defendeu as eleições diretas, a reforma do ensino, a abolição da escravatura. É reconhecido até hoje por sua vasta cultura. Foi um grande orador e deixou muitas obras escritas.

A convite do Barão do Rio Branco, chefiou a delegação brasileira à segunda Conferência de Paz, em 1907, reunida em Haia, onde recebeu o cognome de “Águia de Haia”, pela brilhante defesa que fez do arbitramento nos conflitos internacionais com a participação, em igualdade de condições, de todas as nações, fossem elas pequenas ou grandes. Faleceu em Petrópolis, Rio de Janeiro, a 1º de março 1923.

A cidadania global, a educação e a sociedade em fusão, são os valores transversais da interculturalidade social do mundo de hoje, que se pretende integradora, equitativa, justa, responsável e solidária, de modo a manter as diferenças sem subalternizações nem sobreposições e intolerâncias. A interculturalidade é, assim, um dos instrumentos de amenização e refundação da sociedade moderna na senda da globalização. Ou está para além do materialismo político-econômico: uma globalização de valores, de cultura, de formação, de identidades e de cidadania plena.

O Fórum Social Mundial se caracteriza também pela pluralidade e pela diversidade, tendo um caráter não confessional, não governamental e não partidário. Ele se propõe a facilitar a articulação, de forma descentralizada e em rede, de entidades e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo, mas não pretende ser uma instância representativa da sociedade civil mundial. O Fórum Social Mundial, de acordo com a definição do site do evento, é uma reunião de organizações da sociedade civil “que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo”.

Sua primeira edição ocorreu em 2001, em Porto Alegre, como uma forma de oposição ao Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça. A nona edição do Fórum Social Mundial aconteceu em Belém do Pará, no período de 27 de janeiro a primeiro de fevereiro de 2009. Foi um debate democrático de ideias, aprofundamento da reflexão, formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ONGs e outras organizações da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperalismo.

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”, Rui Barbosa. (Raimunda Gil Schaeken é professora aposentada, tefense, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas –ALCEAR).

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