
Instituído em 2010, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, comemorado em 28 de julho, serve como alerta para a população sobre os perigos da doença.
Somente em 2015, mais de 1,3 milhão de pessoas morreram ao redor do mundo vítimas da enfermidade – número comparável ao total de óbitos provocados por tuberculose e HIV, juntas, de acordo com a OMS.
“Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus das hepatites B ou C e não sabem. Esses indivíduos podem evoluir para graves alterações no fígado, como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que ajudam no diagnóstico da hepatite. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhores são os resultados do tratamento”, explica o infectologista e consultor médico do Sabin, Marcelo Cordeiro.

As hepatites dos tipos A e E são agudas, mas com diagnóstico e tratamento adequados, podem ser curadas. Já os tipos B, C e D podem evoluir para a forma crônica, caracterizada pela persistência da infecção por mais de seis meses no organismo. Vale ressaltar que as hepatites B e C estão entre as principais causas da cirrose hepática e do câncer de fígado.
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 1,7 milhão de pessoas são portadoras do vírus da hepatite C e 756 mil portadoras do vírus da hepatite B. Entretanto, a grande maioria da população não sabe que está infectada. Por isso, saber as formas de contágio da doença é também uma medida de prevenção.
“Os vírus das hepatites B, C e D podem ser transmitidos via sangue e fluidos corporais contaminados, por isso é importante usar camisinha durante relações sexuais e ter cuidado com objetos de uso pessoal, como lâminas, escovas de dentes e alicates de unha. Já os vírus das hepatites A e E são transmitidos via alimentos mal higienizados e água contaminada. Então é importante sempre lavar as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro, além de higienizar os alimentos antes do consumo”, esclarece o infectologista.