A incerteza que atinge os políticos na abertura da janela partidária

O governador Amazonino Mendes (PDT) e o senador Eduardo Braga (MDB), pré-candidatos à reeleição, podem garantir o maior número de partidos políticos na coligação que dará sustentação às suas tentativas de reeleição no pleito de outubro próximo.


Em oposição, o senador Omar Aziz (PSD) e o deputado federal Alfredo Nascimento (PR) articulam para atrair parlamentares insatisfeitos para formar um arco de aliança de peso capaz de concorrer em pé de igualdade com a máquina estadual.

Cogitam ter o presidente da Assembléia Legislativa David Almeida (PSD) encabeçando a chapa oposicionista. O prefeito Arthur Neto (PSDB) tem mostrado o desejo de se unir ao grupo do governador, apesar de intensas conversações com o grupo de oposição, o prefeito segue nas suas avaliações.

Com a abertura da “janela partidária” na semana passada, a debandada de parlamentares já contabiliza um número bastante significativo de deputados e vereadores, além de políticos bem votados nas eleições de 2014 que ficaram de fora.

O primeiro a debandar foi o deputado Platiny Soares, que trocou o Democratas pelo PSL. Pelo menos mais nove deputados podem ingressar em novas legendas, entre eles, Wanderley Dallas e Vicente Lopes, pelo MDB, Belarmino Lins e Sidney Leite, pelo Pros, Doutor Gomes e Ricardo Nicolau, pelo PSD, Dermilson Chagas, do Pen, e Orlando Cidade, do PTN.

Entre os candidatos que tiveram boa votação nas eleições de 2014, que estão na alça de mira do alto comando político do Estado, figuram o médico Miguel Carrate, atualmente no PV. Carrate é um ex-deputado estadual que desenvolve trabalhos comunitários de atendimento médico em Manaus há mais de 30 anos e dono de um capital político que pode contribuir para manter o atual comandante da máquina estadual. Podem somar junto com o médico Fabrício Lima, Therezinha Ruiz, Marcel Alexandre, Tony Medeiros, Vera Castelo Branco, os quais estão em busca de nova legenda.

Pelo lado da Câmara Municipal, Marcel Alexandre e Dallas Filho, ambos do MDB, e Elissandro Bessa, sem partido, já anunciaram que vão trocar de partido. Marcel pode cair no ninho tucano a qualquer momento.

O troca-troca não vai acabar com os desencontros entre convicções políticas, pode minimizar, a exemplo da notória insatisfação de David Almeida com Omar Aziz. David pode caminhar ao lado de Serafim Correa assim como lguns emedebistas mais tradicionais preferem ficar próximos do governador Amazonino Mendes.

Professor Garcia Neto.

*Garcia Neto é professor e jornalista

Artigo anteriorAssalto no Aeroporto de Campinas é comparado a série “Casa de Papel”
Próximo artigoRoraima estoca óleo para evitar apagões

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui