A Origem Ancestral Indígena de Paulo Apurinã, Falso Índio?

Foto: Reprodução/Youtuber/Paulo Apurinã


100 anos de história: A fuga da ‘Seca de 1919’ no Ceará que vira um romance no Amazonas entre um índio e a moça de pele e olhos claros.

Em 07 de Maio de 2013 0 Movimento Indígena de Renovação e Reflexão do Estado do Amazonas (Mirream) publicou o relatório da Expedição Badajós que de forma investigativa o histórico Indígena e Cearense, das famílias Batista e Ferreira, no Lago do Badajós no município de Codajás, no Estado do Amazonas.

Família Ferreira

A família Ferreira tem origem no Estado do Ceará e veio para o Amazonas fugindo de uma grande seca ocorrida nos ano de 1919, do Século XX, trazidos por um tio chamado Clementino e tendo como patriarca João Ferreira da Silva conhecido como Sr. Branco e dona Antônia Ferreira conhecida como Dona Mulata e trouxeram seus filhos: Francisco, Hermínio, Luiza, Luiz, Maria, Maria (Tia Lôra), Raimundo (Neném Ferreira), José e Joana.

Chegando em Badajós a Família contratou o Índio Apurinã oriundo do Rio Purús chamado João Batista para ensinar os filhos a caçarem e a pescarem devido eles não conhecerem nada sobre a região Amazônica.

João Batista Apurinã era casado tinha cinco filhos e era irmão de dona Gemina Batista uma índia Apurinã que morou na localidade do Arpãnhuba, no Rio Badajós, mas mesmo casado encantou-se com a beleza da menina Joana Ferreira a qual tinha lindos olhos verdes e largou sua primeira família assim furtando Joana para os rumos do rio Manacapuru onde la concebeu um filho chamado Raimundo Ferreira da Silva Sobrinho ficando conhecido posteriormente o menino como Caboco Ferreira devido sua mistura racial entre uma cearense e um índio amazonense.

Quando João e Joana estavam em Manacapuru fugidos da Família Ferreira o dono do barco que os levou contou o paradeiro dos dois e a Família foi atrás deles numa voga.

Desse momento em diante João Batista some da historia (Não se sabe como: se morreu de feitiço posto pela índia que ele abandonou ou assassinado pela família de Joana) e Joana é obrigada a casar-se com um outro empregado da casa chamado Horácio Uchoa e teve com ele três filhos: Ivo, Alice e Maria.

Raimundo Ferreira da Silva Sobrinho o Caboco Ferreira mesmo sendo neto foi criado como filho de dona Mulata e senhor Branco (os avôs), era um exímio pescador, em 1942 formou família com Francisca Ribeiro da Silva e com ela concebeu nove filhos: Maria, Valdiza, Adalberto (falecido), Alberto (falecido), Glair (falecida), Clecy (falecida), Geraldo, Francisca Filha (Conhecida como Grazy), Manoel e Joana.

Em 26 de Julho de 1963 morre Caboco Ferreira devido ter sido acometido de uma Cirrose-Hepática e Francisca fica em Badajós até 1965 de onde partiu em busca de estudos para seus filhos menores e tem sua chegada em Manaus em 10 de Maio de 1965.

Francisca esposa do Caboco Ferreira (Xica Nova), Francisca (Xica Velha) e Mimi Ferreira eram as parteiras do Lago de Badajós e adjacências.

Francisca Ribeiro da Silva Filha uma das filhas mais jovens de Caboco Ferreira concebeu cinco filhos: Paulo José Ribeiro da Silva (19/04/1974) Paulo Apurinã, Jefferson José Ribeiro da Silva (29/07/1976), Silvio José Ribeiro da Silva (30/12/1977), Rosana Ribeiro da Silva (17/06/1979) e Rodrigo Ribeiro da Silva (09/12/1981).

A Historia sobre a descendência indígena e cearense de Paulo Apurinã é confirmada em seis depoimentos colhidos em forma de vídeo, em Badajós, Codajás e em Manaus, das pessoas: Mimi Ferreira (101 anos), Graça Ferreira (65 anos), José Ferreira (64 anos), Nazaré Ferreira (84 anos), Severino Aprígio (84 anos) e Francisca Ribeiro da Silva (84 anos) e tais depoimentos se encontram a disposição da Justiça Federal do Amazonas.

No vídeo abaixo Xica Nova e Mimi Ferreira confirmam a história narrada:

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