AM discute o uso de tecnologias na educação e no ensino da língua portuguesa

Cerimônia de lançamento do programa/Foto: Vitor Souza

Em tempos de modernidade, quando tudo está na palma da mão, ou necessita apenas de um “click”, o ensino da língua portuguesa e demais disciplinas, ganha uma importante aliada: a tecnologia.


Tablets com conteúdo de todas as disciplinas, uso das redes sociais e aulas com internet via satélite, por meio de um grande centro de mídias que transmite aulas para salas em comunidades remotas, complementam o ensino regular de alunos da rede estadual de ensino na capital e no interior.

Cerimônia de lançamento do programa/Foto: Vitor Souza

O uso dessas tecnologias aliadas à educação foi discutido durante o “Encontro de Professores de Língua Portuguesa”, promovido nesta quarta-feira, 21 de junho, pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Para o titular da pasta, Arone Bentes, a tecnologia está presente na sociedade e precisa ser inserida dentro do contexto educacional como ferramenta de aprendizagem associada ao conhecimento dos professores.

“Ela é importante na medida em que ela viabiliza, transforma e dinamiza o processo tradicional que nós conhecemos. A Secretaria de Educação vai caminhar a passos largos neste sentindo, permitindo cada vez mais a interação, juntando o talento do professor, que já é bom e ele domina o que sabe, com essa importante função que já é comum para todo mundo. Para o professor, isso transforma a dinâmica da aprendizagem numa experiência fantástica e para o aluno também. E o resultado será uma sociedade melhor”, destacou.

Recursos tecnológicos – A rede estadual de ensino já usa, há alguns anos, recursos tecnológicos e ferramentas, como tablets, lousas interativas e aplicativos que auxiliam no ensino dos alunos em todas as disciplinas. Segundo Arone, com a presença mais forte de aplicativos de bate papo, presentes na vida da sociedade e quase indispensáveis no dia a dia, a meta é ampliar o uso dessas tecnologias e associar esses recursos no processo de ensino e aprendizagem.

“O ensino da língua portuguesa tem como parâmetro principal ampliar a capacidade de comunicação. A agente estuda a língua portuguesa não só para aprender gramática, mas para usar isso como importante ferramenta. Como estamos diante deste momento revolucionário, é importante associar o uso desse patrimônio nosso, que é a língua portuguesa, com essa nova forma de linguagem, que são as tecnologias. É importante estabelecer essa harmonia. Os alunos estão usando, eles criam novos códigos constantemente e é importante que o professor esteja ‘antenado’ para poder ensinar”, reforçou.

Mais participação na sala de aula – Além de palestras com profissionais da área, o evento contou com relatos de experiências dos professores da rede estadual de ensino sobre o uso das tecnologias no ensino da língua portuguesa. O professor Clodoaldo Santos, que leciona para alunos do 3º ano do ensino médio, conta que as aulas interativas despertaram o interesse dos alunos melhorando a participação na sala.

“Antes, quando nós convocávamos os alunos para aulas de reforço, como as aulas do Enem, os alunos não se interessavam. Com o uso da tecnologia isso mudou. Eles ficam fascinados e essas aulas têm se tornado sucesso de público”, comentou.

Maior abrangência das ações de ensino – O secretário executivo adjunto Pedagógico da Seduc, Marcus Túlio Tomé Catunda, um dos palestrantes, explica que hoje as novas ferramentas tecnológicas permitem uma maior abrangência das ações de ensino. “Quando você usa esses recursos tecnológicos de forma apropriada, o aluno tem um melhor aprendizado. Hoje, usamos os tablets com os conteúdos, as redes sociais e a internet como instrumento de ensino não apenas da língua portuguesa, mas também das demais disciplinas”.

Com licenciatura em Letras pela Ufam, Catunda é especialista em Gestão Ambiental (Utam/UEA), mestre em Administração (Universidade Federal de Pernambuco) e doutor em Língua Portuguesa, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ele destaca que professores e alunos do Ensino Médio da rede estadual usam tablets com software específico para as disciplinas em salas de aula da capital e do interior.

Inclusão no interior – O Centro de Mídias das Seduc possui um estúdio e cada uma das 2.209 turmas que estão no projeto em todo o Estado recebem um kit multimídia com TV, decodificador, webcam, microfone, impressora e internet via satélite para que os alunos tenham a interatividade.

“Cada uma das escolas recebem o kit que permite a interatividade. Assim, os alunos podem fazer as perguntas e interagir com os professores. Em cada sala, há também o professor-mediador, que auxilia os estudantes. O investimento anual chega a R$ 58 milhões”, afirma o diretor do Centro de Mídias, Sérgio Araújo.

O Centro de Mídias e o App MYIPTV, de acordo com Araújo, garantem acesso mais ágil aos estudantes de regiões remotas do Amazonas, mas também aos alunos amazonenses que estão fora do país.

“O MYIPTV está disponível para os sistemas Android e IOS. Além disso, o Centro de Mídia leva o conteúdo das aulas para comunidades rurais distantes da sede dos municípios onde os alunos precisam pegar a canoa para chegar à sala de aula. Essas pessoas não teriam acesso às aulas se não fosse o Centro de Mídias. Além disso, temos alunos que são filhos de militares que estão em missão e moram em países, como a Rússia. Eles estão acessando o conteúdo. Eu não teria como falar sobre o ensino da língua portuguesa no Amazonas sem antes fazer esse contexto”, disse.

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