Amapá aposta em bioeconomia e desenvolve “vinho de açaí”

Foto: Recorte

Um dos pioneiros do debate sobre sustentabilidade no país quando o assunto ainda era um tabu aposta na bioeconomia e desenvolve um novo produto: o “vinho de açaí“. Com acidez comparada a uvas como Touriga Nacional, Tempranillo e Petir Verdort e teor alcoólico de 12%, a bebida tem potencial para surpreender os apaixonados pelo vinho tradicional.


Aos 76 anos, João Capiberibe montou uma vinícola em sua residência em Macapá, capital do Amapá, estado que governou de 1995 a 2002 e que o elegeu senador depois por duas vezes.

Ele conta ter recebido no ano passado de um amigo algumas garrafas de vinho tradicional de uva e que dentre elas havia uma de açaí.

“Um dia, no final de 2021, eu recebi, entre outras garrafas de vinho de uva, uma garrafa que chamava vinho de açaí. Eu olhei…, de açaí? Guardei a garrafa. Quando eu provei fiquei impactado. Caramba. Primeiro que eu olhei: a cor de vinho, o aroma de vinho, o sabor era uma mistura de muitos sabores, incluindo o do açaí que é uma maravilha. Decidi experimentar a produzir. Aí eu comecei a fazer no quintal de casa, fiz uma, duas, três, 10, 20, 30, 40, fiz 67 experiências de fermentação com composições diferentes e aí fomos fixando alguns sabores”, disse Capiberibe à CNN.

São cinco rótulos: Mãe do Mundo, Brilho de Fogo, Amazônia Forever, Curiaú e Flor da Samaúma. A vinícola se chama Flor de Samaúma, em alusão à árvore-símbolo da Amazônia. As sementes de açaí são retiradas do sítio de Capiberibe, localizada a poucos quilômetros dali, às margens do rio Curiaú. É ali que é feito o processamento do açaí: lavagem, amolecimento em água quente e inclusão na batedeira para extrair a polpa. De lá, o produto é remetido para fermentação na própria residência de Capiberibe.

Fonte: CNN Brasil

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