André Vargas reconhece erro, mas garante que não cometeu nenhum ato ilegal

André Vargas usa Twitter para se desculpar com família e eleitores
Reprodução / Twitter

O deputado federal licenciado, André Vargas (PT-PR), admitiu, nesta quinta-feira (10), que cometeu um erro, mas afirmou que não é autor de nenhum ato ilícito e que vai provar sua inocência de cabeça erguida.


Por meio de sua conta no Twitter, Vargas lamentou o fato de sua família ficar exposta na mídia e afirmou que não traiu a confiança de seus eleitores.

— Estou triste por ter exposto minha família e meu eleitorado, a quem devo tudo que sou. Tenho uma história e vou defendê-la. […] Estou certo de que não cometi ato ilícito e vou provar isso, de cabeça erguida. Não traí a confiança que sempre mereci do povo do Paraná.

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Vargas disse ainda que reconhce ter cometido um “equívoco”, mas afirmou que vai “encarar tudo de frente”. O deputado também aproveitou para criticar a imprensa por estar “acossando” seus parentes e afirmou que sua vida está sendo devassada por repórteres. Ainda assim, ele afirma acreditar que nada será provado contra ele.

— Lamento que minha família e amigos estejam acossados por repórteres. O alvo sou eu, não eles. […] A imprensa está devassando minha vida, e vendo que não tenho nada a esconder. Meu patrimônio condiz com o salário de deputado.

Denúncias

O deputado vive uma crise em sua carreira política desde que vieram à tona denúncias sobre o envolvimento dele com o doleiro Alberto Youssef, preso em março em uma operação da Polícia Federal, acusado de lavar R$ 10 bilhões.

Vargas é acusado de atuar junto com o doleiro para conseguir contratos com o Ministério da Saúde. Em uma das mensagens trocadas entre os dois, divulgadas no último final de semana pela revista Veja, o doleiro afirma a Vargas que o negócio poderá render a eles a “independência financeira”.

Youssef também pagou um jatinho para Vargas realizar uma viagem com sua família de Londrina (PR) para João Pessoa (PB). O deputado admite que é amigo de longa data de Youssef, mas afirma não saber que ele era investigado e nega qualquer tipo de envolvimento nas negociações do doleiro.

Ele pediu licença de 60 dias do cargo de deputado para preparar sua defesa. No entanto, afirmou que não vai voltar para Londrina (PR), sua base eleitoral.

— Não irei a Londrina esta semana; estou em São Paulo, cuidando da minha defesa junto ao Conselho de Ética.

Nesta quarta-feira (9), ele renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara, após o Conselho de Ética da Casa abrir processo para investigar a conduta do parlamentar.

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