Balbina Mestrinho terá aumento de leitos na readequação da rede de saúde no AM

Maternidade Balbina Mestrinho, em Manaus/Foto: Arquivo

A Maternidade Balbina Mestrinho, uma das referências da rede estadual de saúde para o atendimento de grávidas de alto risco, deverá ter sua área de albergue ampliada em 15 leitos.
O espaço que acolhe as mães de crianças internadas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da unidade, o albergue é importante, principalmente, para as mães que vêm do interior, acompanhando seus recém-nascidos, prematuros ou com complicações de saúde, que precisarão passar um longo período internados na maternidade.


De acordo com o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, a ampliação do albergue da Balbina Mestrinho é uma das medidas previstas no reordenamento da rede de Saúde, que está em fase de implementação pelo Governo do Estado. No caso das maternidades, o reordenamento garante a oferta do serviço em todas as regiões da cidade, com ganhos de leitos de internação em unidades onde há maior demanda, além de aumentar o número de leitos de albergue, melhorar e ampliar os serviços ginecológicos de urgência. “Por isso, estamos optando por fazer algumas fusões, sobretudo nas zonas da cidade onde os estudos apontaram que isto era necessário, para ganhar eficiência e otimizar a utilização de recursos”, disse Pedro Elias.

Segundo ele, a ampliação em eleitos de albergue na Maternidade Balbina Mestrinho será possível porque o serviço ambulatorial de pré-natal de alto risco, que hoje funciona na unidade, será transferido para a estrutura da Policlínica Codajás. “Essa medida visa, também, permitir que as grávidas de alto risco, que normalmente precisam do acompanhamento, durante o pré-natal, de outras especialidades como, por exemplo, da Nefrologia, Cardiologia ou Endocrinologia, passem a ter acesso ao obstetra e às demais consultas especializas de que necessitam, num único local”, explicou Pedro Elias.

Outro exemplo das mudanças previstas no reordenamento é a alteração de perfil da Maternidade Alvorada, localizada na zona centro-oeste. A unidade deixa de atuar como maternidade e passa a ser um centro especializado em atendimento ginecológico, serviço que antes era executado na estrutura do Instituto da Mulher Dona Lindu, que fica no bairro de Adrianópolis, zona centro-sul.

No Instituto de Ginecologia Alvorada – que deverá ser a nova denominação da unidade da zona centro-oeste –, serão atendidos casos de urgência ginecológica e também as cirurgias eletivas como, por exemplo, retirada de miomas ou cistos ovarianos. “As cirurgias eletivas serão realizadas mediante encaminhamento feito pelos ambulatórios das policlínicas da rede, ou da própria unidade, com agendamento pelo Sistema de Regulação (Sisreg), como já ocorria no serviço prestado no Dona Lindu”, explicou Pedro Elias. Segundo ele, o ambulatório do Instituto de Ginecologia Alvorada também oferecerá diagnóstico e tratamento para lesões precursoras do câncer do colo do útero e serviço de mastologia.

Pedro Elias ressalta que a demanda de partos da Maternidade Alvorada será atendida pelo Instituto Dona Lindu – que ganhará 60 leitos de obstetrícia, no espaço que antes usava para atendimento de ginecologia, serviço que será transferido para o Instituto Alvorada. A demanda da Maternidade Alvorada também poderá ser absorvida pela Moura Tapajoz, unidade do município, que fica na zona oeste.

Na zona norte, a Maternidade Azilda Marreiro ganha mais 40 leitos e albergue, com a fusão de sua estrutura com a do CAIC Moura Tapajoz. Este reforço permitirá que a unidade passe a atender a demanda da Maternidade Nazira Daou, localizada na mesma zona. Isto porque, a estrutura da Nazira vai reforçar o Hospital do Coração Francisca Mendes. “Com esta mudança, vamos conseguir ampliar 62 leitos de internação no Francisca Mendes e criar a estrutura de albergue para as mães de crianças cardiopatas que realizam cirurgia no hospital de referência”, informou o secretário.

A Maternidade Ana Braga, na zona leste, também sofrerá reflexos positivos do reordenamento, ganhando 50 leitos, 40 deles a partir da incorporação da estrutura do CAIC Corina Batista. A estrutura do CAIC passará por adequação para receber a “Casa da Gestante, Bebê e Puérpera”. Este espaço é um serviço de acolhimento e apoio, por exemplo, a mães do interior que estejam com seus recém-nascidos internados na maternidade. Será o primeiro do tipo na região Norte.

“É necessário destacar que a abertura desse tipo de leito, com característica de albergue, nas maternidades, significa a liberação de leitos de internação, ampliando a capacidade de atendimento dessas unidades. Sem o albergue, as mães, sobretudo as que vêm do interior, que precisam acompanhar seus filhos internados nas UTIs Neonatais, acabam também ficando mais tempo internadas, ocupando leito da maternidade. O albergue acolhe essas mulheres e libera os leitos de internação, otimizando o fluxo de atendimento”, ressalta o secretário.

A Maternidade Chapot Prevost, localizada no bairro Antonio Aleixo, não sofrerá alterações. “As medidas foram planejadas assegurando a manutenção dos serviços de maternidade em todos os Distritos da cidade e dando ganho de escala em algumas unidades, de zonas mais populosas”, acrescentou Pedro Elias.

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