Brasileia(AC) com as marcas da destruição

Os veículos que estavam submersos começam a aparecer/Foto: Sérgio Vale
Os veículos que estavam submersos começam a aparecer/Foto: Sérgio Vale
Os veículos que estavam submersos começam a aparecer/Foto: Sérgio Vale
...e a marca da destruição, na cidade/Foto: Sérgio Vale
…e a marca da destruição, na cidade/Foto: Sérgio Vale

O nível do Rio Acre, no município acreano de Brasileia, a 232 km da capital Rio Branco, começou a baixar, ontem, após sete dias de elevação constante, no que já que é considerada a pior enchente da história da cidade. Na medição, o manancial estava com 13,61 metros, 1,51 metro a menos que o registrado no dia anterior (15,12 m). No entanto, com a descida das águas, imagens começam a mostrar o cenário de destruição na cidade.
De acordo com a Defesa Civil do Acre, até esta quinta, Brasileia possuía 286 famílias desabrigadas, 531 famílias desalojadas e um total de 2.546 pessoas atingidas pela enchente. Segundo o órgão, mesmo que o rio esteja apresentando sinais de vazante ainda não há previsão para o retorno dessas pessoas às suas casas. Isso porque a prefeitura do município e o governo do Acre ainda terão que fazer um trabalho de limpeza da cidade.


O nível do Rio Acre nas cidades de Brasileia e Epitaciolândia começou a subir no último dia 20 de fevereiro. Antes disso, a cidade de Assis Brasil, na fronteira do Brasil com o Peru também havia sofrido com uma enchente repentina do mesmo rio. A situação levou a Prefeitura de Brasileia a decretar estado de calamidade pública.

Cidade vizinha de Brasileia, Epitaciolândia também sofreu com os efeitos da cheia, embora em escala menor. Lá, 94 famílias estão desabrigadas, 254 desalojadas e um total de 1.220 pessoas foram atingidas pelo problema.

Cheia histórica atinge Xapuri

Se em Brasiléia e Epitaciolândia o rio começa a baixar, em Xapuri e Rio Branco, cidades que recebem o volume de água que vem desses municípios, a situação é preocupante.

A terra natal do líder seringueiro, Chico Mendes, vive uma enchente histórica e às 16h desta quinta o rio marcava 18,20 metros.

Pela primeira vez na história do município, as águas invadiram a paróquia de São Sebastião tida como referência, localizada na Rua Benjamin Constant, no Centro de Xapuri. Segundo a Defesa Civil, em 1978, ano em que ainda não havia medição do nível do rio, a água chegou na escadaria da igreja.

Até esta quinta, Xapuri conta com 17 abrigos para receber as 611 famílias atingidas, um total de 1.655 pessoas. Cinco bairros foram atingidos, além da zona rural. Parte da telefonia da cidade está comprometida e a maioria dos órgãos públicos tiveram o atendimento interrompido.

Já na capital acreana, a Defesa Civil Municipal se prepara para que as águas do Rio Acre cheguem aos 17 metros nesta sexta-feira (27), 64 a menos que o registrado na última enchente histórica ocorrida em 2012. No abrigo mantido pela prefeitura até às 15h desta quinta-feira,  havia 870 famílias, que totalizam 3.183 pessoas.

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